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Mês mundial de conscientização da infertilidade traz novidades na medicina reprodutiva

Organização Mundial da Saúde estima que 50 a 80 milhões de pessoas são afetadas

Atualmente, é comum ver casais e indivíduos darem início à maternidade/paternidade após os 30 anos, quando já possuem uma situação financeira mais estável. O que muitos não sabem é que a infertilidade é mais comum do que se imagina. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 50 a 80 milhões de pessoas são afetadas no mundo todo. Não à toa, um mês inteiro do calendário mundial de saúde é dedicado para a conscientização da infertilidade.

A boa notícia é que um estudo, publicado na revista Fertility and Sterility, reconhece a importância do acolhimento da paciente e também da relação entre especialista e paciente como fundamental para aumentar as chances de sucesso do tratamento de reprodução assistida.

“O momento escolhido pelo casal ou indivíduo para ter um filho (a) é único e rico em expectativas. Muitos não pensam que precisarão da ajuda do especialista até que não tenham resultado por métodos naturais. Assim, a abordagem do médico e a forma de comunicar as investigações, os resultados e as opções, além do acolhimento, são fatores cruciais para desenvolver uma relação de confiança entre as partes no processo da reprodução assistida”, explica Matheus Roque, especialista em reprodução humana da Clínica Mater Prime, em São Paulo.

Fatores como alimentação, consumo de bebidas alcoólicas e cafeína, tabagismo, estar acima do peso e fazer atividades físicas são conhecidos por influenciar diretamente na fertilidade de homens e mulheres. Para elas, as principais causas da infertilidade são alterações na ovulação, nas Trompas de Falópio ou no útero, além de endometriose e da idade. Enquanto, para eles, a maioria dos fatores são desconhecidos. Em seguida, estão a varicocele, o hipogonadismo, as infecções urogenitais, e outros.

Entretanto, em cerca de 10 a 15% dos casais não é encontrada uma causa específica para a infertilidade, são os casos classificados como ISCA (Infertilidade Sem Causa Aparente). “Após um ano de tentativas, o casal que não conseguiu engravidar mesmo mantendo relações sexuais frequentes, deve procurar um especialista. Em caso de mulheres acima dos 36 anos, uma avaliação do casal deve ser realizada após 6 meses de tentativa sem sucesso”, alerta Roque, que também é membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA).

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