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Plástica reparadora: técnica devolve funções de órgãos e partes do corpo

A técnica contribui ainda para má formações congênitas e até mesmo na melhora de aspecto das cicatrizes

A cirurgia plástica não está ligada somente a fins estéticos. O procedimento é também usado para melhorar a saúde e qualidade de vida dos pacientes. A plástica pode ser realizada tanto para modificar e melhorar uma parte do corpo, como para reconstituir má formações e deformações causadas por acidentes, por exemplo. “A cirurgia plástica reparadora é usada para o tratamento de um defeito de ordem funcional, que muitas vezes atrapalha a função de um órgão, membro ou uma musculatura que interfere na rotina diária do paciente”, afirma o médico cirurgião plástico, Bruno Legnani.

Especialista em microcirurgia, Legnani afirma que o procedimento pode influenciar diretamente no dia a dia do paciente. “Além da estética, é possível reconstruir partes do corpo e recuperar funções perdidas, que são essenciais para viver com qualidade”, explica.

A reconstrução das mamas é um exemplo. A cirurgia reparadora, utilizada em mulheres que perderam parte delas no enfrentamento de um câncer, é considerada o último estágio da recuperação. “Muitas vezes ela pode ser feita na mesma cirurgia da mastectomia – retirada da mama – ou alguns meses após, garantindo assim a integridade emocional das pacientes”, explica.

Pós-bariátricos também utilizam muito a técnica. Como o emagrecimento é intenso e muito rápido, geralmente um grande excesso de pele em regiões como abdômen, costas, braços e coxas, podem causar transtornos de autoestima, mas também, problemas de saúde, já que esse excesso prejudica, muitas vezes, a higiene pessoal, favorecendo o desenvolvimento de doenças de pele.

O lábio leporino também pode ser operado com a técnica. As fissuras de lábio e palato são a malformação congênita mais comum no rosto. “Com a cirurgia reparadora é possível reconstruir o sulco entre a gengiva e o lábio, o assoalho nasal e, inclusive, a pele dos lábios”, explica Legnani.

A técnica contribui ainda para má formações congênitas, reconstrução de partes do corpo que foram deformadas pela retirada de um câncer, por exemplo, ou causadas por traumas, como acidentes. “Ela ainda contribui para melhorar aspectos de cicatrizes, muitas vezes mudando-as de lugar, colocando-as em áreas menos visíveis e devolvendo assim a autoconfiança para os pacientes”, finaliza.

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