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Artigo | Token: o que podemos esperar dessa tecnologia no Brasil?

Mesmo que a instituição dos marcos digitais esteja acontecendo de forma lenta, a tendência é que ocorra uma disparada nos próximos anos

A tokenização vem se tornando uma aposta de diversas empresas como a próxima revolução do mercado financeiro, ainda mais com o iminente marco regulatório para ativos digitais em diferentes países, e no Brasil.

Trata-se de inserir um ativo na rede blockchain para fazer um registro digital. Ao criar frações, é possível facilitar as negociações de maneira prática e mais democrática, desde imóveis, obras de arte, royalties de músicas, até participação em times de futebol.

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Um estudo do Citibank revela que, apesar da adoção lenta atualmente, a tendência é uma disparada nos próximos anos. A pesquisa aponta que o mercado de ativos tokenizados pode chegar a valer US$ 5 trilhões dependendo do grau de adoção de moedas digitais de bancos centrais.

Além das grandes possibilidades do sistema para a economia, e da regulamentação esperada, a abertura do Banco Central para o tema, impulsionada pelo desenvolvimento do Real Digital, também fomenta o setor e fomenta aplicações.

Outra sinalização importante dos reguladores brasileiros foi o lançamento de um laboratório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) voltado para a área de tokenização. O ponto central do debate tem sido a classificação de alguns tokens como valores mobiliários.

Em 2021, empresas que negociavam tokens como valores mobiliários receberam stop order por parte da CVM. Por outro lado, a maior parte das exchanges são maduras e as operações estão evoluídas no país.

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As grandes companhias já trabalham com ofertas mais seguras, como precatórios ou até CCBs. Neste sentido, mesmo antes do lançamento do Real Digital, previsto para o fim de 2024, bancos e outras instituições financeiras já devem começar com operações reconhecidas legalmente e ganhar segurança jurídica para incluir criptoativos em seus balanços.

Com essa expertise do mercado brasileiro, aliada a regras mais claras, a evolução tende a ser natural e as instituições passam a planejar suas iniciativas no segmento com mais força e solidez. Esse processo faz crescer a originação do ativo e facilita a vida do próprio regulador, abrindo ainda mais espaço para explorar a tokenização.

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