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Mercado imobiliário de médio e alto padrão cresce no Brasil

Com a pandemia, a procura por imóveis de luxo e de médio padrão alcançou melhor resultado dos últimos seis anos

A venda de imóveis de médio e alto padrão alcançou o melhor resultado em seis anos. O balanço divulgado pela Abrainc – Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias – no último dia 6 de outubro mostra que o total de unidades vendidas nesse segmento, em julho, foi 34,8% maior do que o mesmo mês em 2019. Os dados corroboram com os divulgados pela FipeZap, no qual venda dos imóveis residenciais subiu 0,53% em setembro, a maior alta mensal dos últimos anos, batendo a inflação projetada para o mês de 0.43%. Em agosto, o indicador havia ficado em 0,37%.

Segundo Renato Monteiro, CEO da Sort Investimentos, uma das maiores lojas virtuais de investimentos imobiliários em Santa Catarina com escritórios no Brasil e atendimento nos EUA, fatores como: a menor taxa básica de juros; a queda da rentabilidade de títulos públicos; o aumento de crédito imobiliário por bancos, além de novas necessidades despertadas em função da pandemia contribuíram para esse crescimento.

“Investir em imóveis se tornou ainda mais atrativo já que os ativos nesse segmento têm gerado mais rentabilidade do que o dinheiro aplicado em diversas outras modalidades. Além disso, diante da pandemia, em momento de incertezas, o imóvel volta a ser moeda forte e segura, principalmente em médio e longo prazos. Ou seja, as pessoas passaram a ver nos imóveis uma forma de manter o seu ativo seguro e de rentabilizar com aluguéis ou com a valorização”, explica o CEO.

“Além disso, a pandemia acelerou a procura por empreendimentos de luxo e com maiores metragens, especialmente no litoral e no campo, longe de grandes centros urbanos. Isso ocorre por conta da busca por qualidade de vida – uma reflexão resultado da pandemia. Também, pelo crescimento de trabalhos home office e pelo maior período de tempo que as pessoas permanecem “em casa”. Para se ter uma ideia, por mês, cerca de 120 imóveis entram para serem comercializados pela Sort Investimentos, com ticket médio de R$ 2,5 milhões para apartamentos e R$ 12 milhões para terrenos”, complementa.

Balneário Camboriú tem o quarto metro quadrado mais caro do Brasil

O mercado de alto padrão está em ascensão em várias cidades brasileiras com destaque para Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina, conhecida pelos arranha-céus e imóveis de luxo e pelos altos índices de qualidade de vida. Segundo o relatório do mês de setembro do índice FipeZap o município está na quarta posição quando o assunto é o metro quadrado mais caro no Brasil. O preço médio é de R$ 7.491 por m2, sendo que os imóveis na cidade tiveram um aumento de 3,48% nos últimos 12 meses.

Para Renato, essa é uma realidade que deve se perpetuar e até crescer nos próximos meses em função das melhorias constantes em termos de investimentos públicos e privados, e novos equipamentos turísticos na cidade catarinense, como no caso de uma das maiores rodas gigante da América Latina, instalada no pontal Norte, que tem previsão de ficar pronta em dezembro de 2020.

“A procura por imóveis de médio e alto padrão em Balneário Camboriú cresceu cerca de 30% nos últimos três meses. Constatamos isso com base no aumento em geração de leads pela empresa. Já a análises de índices de renomadas instituições nos permitem fazer projeções ao setor, apontando as melhores oportunidades aos clientes que desejam rentabilizar seus ativos imobiliários”, explica Monteiro.

Aliado aos novos equipamentos turísticos, lançamentos de construtoras de alto luxo e obras de infraestrutura em andamento, está o alto índice de desenvolvimento humano (IDH) que é considerado o quarto mais alto do país (IBGE) e a classificação como uma das cinco melhores cidades para se morar no Brasil (ONU). Também é destaque nacional no quesito segurança, de acordo com estudo feito pela empresa de consultoria Urban Systems. Indicadores que atraem pessoas interessadas em morar, investir e fazer negócios na região.

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