ESTILO

Luz, câmera, live!

Muito além dos shows de artistas, as lives movimentam o mundo corporativo e trazem soluções para empresas de diferentes segmentos

De reuniões a eventos de capacitação e de vendas, transmissões ao vivo pela internet são uma tendência consolidada para empresas de médio e grande porte em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. Popularizadas entre artistas ao longo do último ano, as lives têm possibilidades de aplicação muito amplas e estão na vanguarda de um novo movimento de comunicação corporativa, mais assertiva, dinâmica e próxima do público-alvo.

Entre 2020 e 2021, a Milk Films viu a procura por seus serviços de live streaming dar um salto de cerca de 60%. Esse nicho já vinha ganhando muita força nas redes sociais e nas plataformas, mas foi potencializado pelo distanciamento social imposto pela pandemia de Covid-19 a partir de março de 2020. “Já fazemos live há muito tempo e elas vinham crescendo. A pandemia acelerou em cinco anos esse processo, mas nós estávamos preparados e tínhamos o know-how necessário para absorver essa demanda”, conta o diretor executivo da Milk Films, Leandro Karam.

Com a impossibilidade de realizar eventos presenciais, as lives promovidas por artistas dos mais diversos estilos invadiram as casas dos brasileiros no último ano. O uso massivo desse tipo de recurso em shows está, na verdade, seguindo uma direção tomada pelo universo corporativo há muito mais tempo. “O público corporativo é, o que mais usa essas ferramentas. Isso acontece porque grandes multinacionais precisam treinar colaboradores espalhados por muitos lugares e a internet é a maneira mais simples de alcançar bons resultados”, explica Karam. Ele ressalta que, quando se fala em live, é comum que as pessoas pensem em shows de música, mas o universo do streaming ao vivo inclui palestras, reuniões, eventos, entre outros.

Além do benefício imediato trazido pelo “ao vivo”, o material produzido inicialmente pode ser transformado em muitos outros conteúdos, que, por sua vez, serão explorados em plataformas como o Instagram, o Facebook e o YouTube, por exemplo. Os algoritmos da maior parte das redes sociais, inclusive, privilegiam conteúdos em vídeo na hora de fazer a entrega orgânica para seus usuários. “O vídeo é a forma que você tem de unir tudo: imagem, som e sentimento. Por isso, as redes dão preferência ao audiovisual na timeline”, pontua o diretor de produção da Milk Films, Felipe Reichmann Müller.

Presente e futuro

A transmissão ao vivo permite um nível de interação com os espectadores, comentários e perguntas que desbravam fronteiras de possibilidades e novas experiências. Uma dessas fronteiras é a conversão da audiência e da interação em vendas concretas. Desde 2018, a busca pelo “live streaming shopping” cresceu 37%, de acordo com o Google Trends. Com uma mistura forte de entretenimento, conteúdo informativo a ofertas específicas, essas lives têm como missão transformar a experiência de compra dos usuários. Para isso, são usados recursos como entrevistas, vídeos previamente editados e até sorteios, tudo mesclado com promoções selecionadas pelas marcas envolvidas no evento online. Esse novo mercado, detalha Müller, já é uma realidade e atrai um número cada vez maior de empresas interessadas.

Um caminho sem volta

Enquanto novas tendências vão aparecendo com o passar do tempo, as lives se consolidam como um cenário irreversível, mesmo no pós-pandemia, que começa a se desenhar. Aderir ao virtual como parte do cotidiano tornou-se imperativo e é uma atitude que não deve se reverter com o final da pandemia.

“Na Milk Films, estamos apostando que os eventos híbridos [com parte dos participantes reunidos em um local físico e parte participando via internet] não deixarão de ser realizados. Muitas empresas que tinham resistência ao online perceberam que não há prejuízo em organizar seus treinamentos, reuniões e até conferências nesse formato. Portanto, será preciso, cada vez mais, adaptar os recursos para atender esses dois públicos: o que está no local do evento e o que está acompanhando por streaming”, destaca Karam. Para um novo momento, soluções cada vez mais inovadoras.

Dicas de produção

Os sócios da Milk Films, Felipe Reichmann Müller e Leandro Karam. (Foto: divulgação)

Utilizando a experiência já obtida na produção de lives, a Milk Films pontua quatro dicas sobre o assunto:

1. Um evento digital é bem-sucedido quando não se tenta replicar a experiência de um evento presencial. A experiência virtual é completamente diferente. Nesse caso, as perguntas a serem feitas são: “como posso tornar esse evento virtual o mais próximo do real?” e “qual experiência o virtual conseguiria entregar, que seria impossível no real?”.

2. Conheça e escolha bem a plataforma. O importante é pensar primeiro em quais formas de interação são desejadas para depois escolher a plataforma que atende às necessidades. Conhecer bem as funcionalidades da plataforma também é fundamental, pois a experiência e interação dependem disso.

3. Nos eventos presenciais, a produção tem o foco principal na operação e em gerar experiência enquanto eles estiverem acontecendo. A equipe de filmagem se adapta para realizar o registro. Já no evento digital ou no híbrido, a produção trabalha em conjunto com a produção de vídeo. Isso acontece porque tudo passa a ser pensado na experiência virtual, permitindo maior alcance e audiência.

4. Excelência na transmissão é igual à experiência completa. Para o êxito do evento, a qualidade deve estar presente e alinhada em todo o mapa de transmissão. Todas as etapas são importantes e o ensaio é fundamental, além de garantir uma equipe profissional e experiente que realize o evento virtual com tranquilidade e segurança. Utilizar ferramentas de apoio, como vinhetas e vídeos infográficos, também ajuda no sucesso da transmissão.

Serviço
MILK FILMS

Site: clique aqui
Vimeo: Milk Films
Instagram: @milkfilms

* Matéria originalmente escrita por Carolina Werneck e publicada na edição #250 da revista TOPVIEW.


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