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It’s Christmas time! Saiba quais vinhos harmonizar com a Ceia de Natal

O clima no Natal está no ar. Pensando nisso, a TOPVIEW convidou a colunista e especialista em vinhos Elis Cabanilhas, para escolher quais vinhos melhor harmonizam com os principais pratos da ceia de Natal. Confira:

ENTRADA

Tábua de frios

(Foto: pexels)

Uma tábua de frios tem muita diversidade de sabores e texturas, então a melhor sugestão é um espumante Brut. Se você gosta de harmonizações ousadas, opte por um Jerez Fino!

PRATOS PRINCIPAIS

Carne de porco

(Foto: pexels)

A carne suína é uma das mais versáteis quando falamos em harmonização com vinhos. Tem um sabor delicado, mas pode ser bastante gordurosa. Então se pensarmos em um leitão, que faz parte da mesa de várias famílias nas ceias de final de ano, é importante termos um vinho com uma boa acidez. Podem ser tanto brancos ou tintos, desde que estejam bem equilibrados em acidez.

“Gosto muito dos brancos e tintos portugueses da região do Dão ou ainda um bom exemplar da variedade Baga, da região da Bairrada, também de Portugal”, conta Elis.

Agora quando falamos de um pernil de porco, lombo ou outras carnes suínas mais leves, é mais indicado um vinho que não tenha tanta intensidade, mas ainda uma acidez presente, como um bom espumante brut, brancos sem passagem por barrica ou, para os apreciadores dos tintos um Pinot Noir do Novo Mundo.

Aves

(Foto: pexels)

Quando falamos em aves na ceia natalina, inevitavelmente pensamos em Peru e Chester. São carnes delicadas, com um teor mais baixo de gordura. Um tinto jovem, mais frutado, com rápida passagem por barrica, pode ser uma boa pedida. Um Malbec argentino ou, para quem gosta de variedades mais diferentes, um aromático Pinotage sul-africano.

“Agora, um detalhe, se sua ave for recheada com uma farofa natalina, teremos mais elementos somando ao prato. Aqui podemos brincar com um untuoso Chardonnay sul-americano ou ainda um Riesling alemão.”

Cordeiro

(Foto: divulgação)

O cordeiro pede um belo tinto, que pode ir desde um Pinot Noir até grande Bordeaux. Tudo depende do preparo. Se pensarmos na costeleta, um Pinot Noir leve é perfeito ou para quem não abre mão dos Bordeaux, um exemplar de médio corpo. Agora, se o corte é a Paleta, um Gran Reserva da Rioja ou um musculoso Malbec argentino são ótimas pedidas. Talvez seja o momento perfeito para abrir aquele belo Bordeaux da margem esquerda.

Medalhão de mignon

(Foto: pexels)

Aqui temos uma carne nobre, com pouca gordura. Se pensarmos no medalhão grelhado apenas com sal e pimenta, um Grenache, um Malbec argentino ou Cabernet Sauvignon chileno, vão muito bem. Mas se for servido com molho, a história muda. Por exemplo, um medalhão com molho cremoso de queijo pode até ser servido com um Chardonnay. Um norte-americano ou chileno fica muito interessante.

Um molho mostarda, que remete muito às especiarias, já pede um Syrah, um Zinfandel ou blend alentejano. Um Molho Madeira, também muito servido nas festas, já deixa mais intensidade e sabor marcante no prato, então um vinho com uma passagem mais longa em barrica é importante aqui.

Bacalhau

(Foto: pexels)

Existem diversas maneiras de se preparar o Bacalhau, mas algumas características são muito particulares e não tem como fugir. O sal e a gordura estão sempre presentes. Os pratos elaborados com Bacalhau tem tanta intensidade que o vinho precisa ter o mesmo peso para fazer par com ele. Aqui precisamos de vinhos com uma acidez elevada e nenhum tanino, pois quando o tanino entra em contato com o sal do bacalhau, a sensação no paladar não é nada agradável. 

Espumantes elaborados pelo método tradicional, como Cavas, espumantes espanhóis, e espumantes portugueses da Bairrada, diminuem a margem de erro. Brancos estruturados como blends portugueses.

Sobre os tintos é essencial que eles tenham bastante frescor, boa acidez, corpo médio e taninos moderados para não reagirem ao sal do bacalhau. Acompanha muito bem principalmente a tradicional bacalhoada e o Bacalhau a Portuguesa.

Arroz de Natal

(Foto: Camil Grãos)

O arroz de Natal leva uma miscelânea de ingredientes, por vezes um desafio para harmonizar, pois cada família tem sua receita. Mas, geralmente, os principais ingredientes são as frutas secas, como damascos, tâmaras e uvas-passas, além de amêndoas, castanhas ou nozes. Um vinho leve, com um final mais adocicado, como um Primitivo, do Sul da Itália, ou Zinfandel dos Estados Unidos, podem ser uma boa opção.

Pupunha assada na manteiga

(Foto: divulgação)

Apenas a pupunha com um fio de azeite fica ótimo com um Sauvignon Blanc. Quando incorporada à manteiga, o Chardonnay ajuda a segurar a untuosidade dela. “Um rosé de Provence fica muito bem também.”

Salpicão de frango com maçã

(Foto: divulgação)

Assim como o Arroz de Natal, o salpicão cada família prepara de uma maneira! Mas se pensarmos na maçã como um elemento de destaque, um Chardonnay, um Riesling ou ainda um Merlot ou um Cabernet Sauvignon da Califórnia, pode dar muito certo.

Batatas gratinadas com nata

(Foto: divulgação)

Quem não ama batata gratinada, bom sujeito não é! Geralmente ela vai acompanha a uma proteína, podendo acompanhar o vinho da carne. Mas para quem quer uma dica pensando apenas nesta delícia, um untuoso Chardonnay ou um Pinot Noir do Novo Mundo acompanha muito bem.

SOBREMESA

Panetone

(Foto: divulgação)

Possivelmente a sobremesa mais natalina de todas. Não tem como pensar em Natal e não lembrar do Panetone. Por mais que não seja uma escolha unanime é a cara do Natal, independente de sua versão. Para o tradicional a dica é um espumante moscatel nacional, bem gelado, ele brilha com as frutas cristalizadas. Já os com gotas de Chocolate, os fortificados Porto Ruby, um Marsala ou o francês Banyuls são boas melhores escolhas.

Nozes e castanhas

Strogonoff de Nozes Natalino (Foto: divulgação)

Ou ainda sobremesas com esses ingredientes, se jogue num Jerez Cream. Harmonização melhor, não há!

*Matéria produzida sob supervisão da jornalista Emilia Jurach.

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