Para recomeçar, o Azul Aladim

A postagem de hoje é para dizer alô alô amados leitores! I came back. Je suis de retour. Eu voltei. Depois de alguns anos afastada da Top View, algo como nove anos, eu volto para casa. Para uma revista que desbravou Paris comigo.

Foi por este veículo que vi meus primeiros desfiles: Chanel, Dior, Louis Vuitton, Jean Paul Gaultier. Encontrei mitos ao vivo. Fiquei de boca aberta uns 10 min ao sentir a presença de Lenny Kravitz num desfile da Chanel. Vi David Lynch, para mim um dos melhores cineastas e artistas de nossos tempos, e vivi uma transformação imensa na minha carreira.

Aprendi francês mais rapidamente para poder me comunicar por lá. Conheci o Palácio de Versalhes na festa de 60 anos da Dior e pude conviver com mitos da moda que já não estão mais entre nós como Anna Piaggi e François Lesage.

Bem, aqui tenho muitas histórias para relembrar e outras tantas para viver. Espero que gostem das palavras e imagens que irei despejar uma vez por semana na versão on-line e também mensalmente na impressa dessa publicação. Obrigada Top View por ter deixado a porta aberta para eu entrar. Que hoje iniciemos mais um período de longa duração onde qualidade, respeito ao leitor, às equipes e a boa informação continuem nosso norte e forte.

Vamos agora falar um pouco da moda?  Ela anda meio chatinha, mas é bom dizer que temos tons novos na parada. Chamo de Azul Aladim. Ele tem tons diferentes dos que vemos normalmente por aí. Ele traz o sonho. É uma cor que pode mudar um pouco de acordo com o que usamos junto. É para fazer cabeça, tronco e membros ou apenas numa linda sandália cheia de pedrarias. Sonhe um pouco com ele que não tem jeito de não ser bom. Semana que vem eu volto. Não me perde. Não te perderei.

Movimento Aladim 1

O tom é na vibe Aladim dorme. Brincadeira. Ele se contrapõe em variações e é uma excelente cor para o inverno. Sai da mesmice. Combine com cinza, lilás e prata. Os metálicos estão entre as promessas (minhas, ao menos) do ano. Variam de modelos de tênis até enormes plataformas com cara de sandália de sambista. Pense Carmen Miranda. É uma mistura. Eu sei, porém compor algo realmente inspirador precisa buscar muitos recursos.

Na hora do trabalho

O tom entra também mais forte e sempre em contraposição com outros que não briguem. Não é temporada de “color block”. Estamos (hoje, nesse post) falando em harmonização. Os contrastes forte virão certamente num futuro próximo.

Voe garota

Nem precisaria falar, mas vou. Esse modelo de sandália já virou um clássico de sedução. As primeiras vezes que o vi foram nos pés da Carine Roitfeld, ex-diretora da Vogue Paris e hoje, dentre muitas coisas que faz, é dona da revista CR, suas iniciais. Impossível não ir para as nuvens com um acessório assim. Tenha ao menos um par desses em casa. Sempre funciona.