SELF WELLNESS

A vida pede equilíbrio: entenda o movimento Janeiro Branco

Nos últimos anos, problemas de saúde mental têm-se tornado cada vez mais comuns e recorrentes no Brasil e no mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 86% dos brasileiros sofrem com algum tipo transtorno mental, entre eles, os principais são: ansiedade, síndrome do pânico e depressão.

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Com essa crescente, o movimento social Janeiro Branco, que já existe há 10 anos, vem ganhando força. Com o objetivo de alertar as pessoas, instituições e autoridades governamentais a se conscientizar sobre a importância de estratégias e políticas públicas voltadas para o tratamento da Saúde Mental na sociedade.

A professora Sideli Biazzi, coordenadora do curso de Psicologia Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), diz que a saúde mental deve ser uma preocupação. Segundo ela, as pessoas estão expostas a situações que alteram o seu equilíbrio biopsicossocial.

“Diante das expressivas mudanças em todos os níveis da sociedade, há uma necessidade de adaptação e de desenvolvimento de novas habilidades para absorver o ritmo e o significado de transformações, positivas ou negativas, que influenciam todos os aspectos da vida dos indivíduos e que requerem esforços físicos, psicológicos e emocionais. Esse esforço de adaptação gera o fenômeno do stress, muito presente na contemporaneidade”, destaca a professora.

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De acordo com a Organização Internacional de Pesquisa de prevenção e tratamento do stress (ISMA), cerca de 32% dos trabalhadores brasileiros sofrem com os efeitos do esgotamento mental devido ao stress e tensão emocional provocados por condições de trabalho desgastantes (bornout) o que compromete o desempenho da empresa, como um todo.

Sideli aponta que, no campo de estudo sobre stress e burnout, estamos vendo a predominância de sintomas psicológicos do stress como depressão, ansiedade generalizada, cansaço mental, irritabilidade entre outros. Para ela, quem for capaz de utilizar estratégias de enfrentamento adequadas para o manejo do stress estará mais preparado para administrar suas habilidades e limites, como também enfrentará as situações difíceis de modo favorável, evitando problemas mais graves à sua saúde física e psicológica e promovendo ambientes mais saudáveis.

“Vale frisar que não há um modelo único e definitivo para lidar com o stress no trabalho, e que as soluções precisam ser compartilhadas e construídas por todos os envolvidos. Lidar com o stress exige, em muitos casos, que o indivíduo modifique hábitos, perspectivas, formas de se relacionar com o trabalho, com a empresa e com os colegas”, ressalta.

Algumas mudanças de hábitos saudáveis contribuem diretamente na qualidade de vida das pessoas. Praticar exercícios físicos, alimentar-se bem, respeitar os próprios limites, buscar conexão com a natureza, passar momentos agradáveis ao lado de amigos e familiares são exemplos de atitudes que podem fazer total diferença no cotidiano.

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