Saúde na balança

Muitas pessoas – geralmente mulheres – percebem um peso maior da balança nas suas vidas com o passar dos anos. Ou seja, manter o peso dentro do habitual fica cada vez mais difícil. No entanto, com os anos, a preocupação da balança vai muito além da estética e a saúde passa a ter mais peso. Nesse sentido, estaria certo dizer que, com os anos, a saúde tem mais peso na balança do que o próprio peso?

Certamente, com o amadurecimento, questões estéticas tendem a ter uma relevância menor do que a saúde. Porém, a estética também interfere na nossa autoestima e, por consequência, na saúde mental – com impacto, ainda, na saúde física. Assim, o cuidado de saúde e estética poderiam e deveriam andar de mãos dadas, em busca do equilíbrio.

Para nós, mulheres, essa tarefa fica cada vez mais difícil, em especial após os 40 anos. Isso porque, além das questões próprias do envelhecimento celular, temos particularidades genéticas e alterações no metabolismo que mudam a capacidade de metabolizar a gordura.

Além disso, o gasto calórico do corpo declina com o passar dos anos, a flora intestinal também sofre modificação e a rotina muda, com o aumento das responsabilidades e a redução do nosso tempo. Sem falar no estresse do dia a dia… ufa! Não fica mais fácil. Isso é fato.

Assim, cuidando da saúde metabólica (fator interno), juntamente com o cuidado estético (fator externo), estabelecemos gradativamente um equilíbrio na nossa balança ao longo dos anos – a balança do tempo.

Infelizmente, não há estratégias ou tratamentos que evitem o envelhecimento, mas há, sim, a possibilidade de gerenciar esse envelhecimento de forma saudável.

Pensando nisso, em todas as questões fisiológicas próprias do metabolismo feminino e em todas as particularidades da fisiologia do emagrecimento e ganho de peso, os tratamentos com foco em nutrologia devem ser feitos de forma individualizada. É preciso, contudo, um olhar integral para benefícios além do esperado.

*Matéria originalmente publicada na edição #272 da revista TOPVIEW.