Materiais escolares mudam em 2021 e especialistas apontam para era tecnológica
Com a chegada da vacina, grande parte da população comemora que diversos serviços voltarão gradativamente ao normal, como as aulas presenciais nas escolas, cursos e universidades. Todavia, especialistas de diferentes áreas têm percebido que alguns reflexos do home schooling seguem em alta e devem ser aplicados em sala.
André Ruediger, superintendente da Cultura Inglesa, diz que novos itens que antes eram até mesmo proibidos, como smartphones, se tornaram essenciais para as aulas. “Eletrônicos, como smartphones e fones de ouvido, passam a fazer parte da lista de material escolar para 2021, visto que deixaram de ser vistos, necessariamente, como inimigos do aprendizado, mas sim como uma forma de agregar e promover diferentes atividades. Tanto que, acreditando que dicionário, músicas e livros podem ser acessados pelo celular e melhorar o desempenho do aluno, disponibilizamos redes de Wi-Fi para melhorar a conectividade”, explica.
Vendas de material escolar
Camila Ribeiro, vendedora da IT Pop – papelaria situada no Alto da XV Mall – conta que devido à pandemia, as vendas de material escolar mudaram. “No ano que passou e ainda em 2021, muitas necessidades mudaram para os alunos e os professores, e isso impactou diretamente na montagem do kit escolar. Mochila, por exemplo, deixou de ser item essencial, mas muitas famílias ainda compram para deixar as crianças felizes ou para deixarem guardadas até as aulas voltarem ao normal”, fala.
Ela complementa dizendo que, por conta da pandemia, é ainda mais importante ter os mais diversos tipos de material à disposição. “Dessa vez, investimos em outros itens além do básico. Então, temos adaptadores, eletrônicos, carregadores e o que mais for necessário para melhorar o ambiente estudantil em casa e na escola”, afirma Camila.
Mudança na saúde
A pediatra credenciada da Paraná Clínicas, Dra. Maria Gabriela de Aguiar Moreira Garbelini Galerani (CRM-PR 26.978, RQE 2194), alerta sobre o impacto que a pandemia e o isolamento social causaram nas crianças e adolescentes e a explosão de queixas relacionadas a transtornos de humor, comportamento, apetite, sono, entre outros.
“2020 foi um ano muito complicado para a saúde física, e principalmente mental de nossas crianças. Foram privadas de seu direito de ir à escola e do convívio com os amigos, diminuíram a prática de atividade física e contato com a natureza. Foram expostos a muitas horas de telas, seja nas aulas online ou na frente de computador, videogame, celular. Diferente do home schooling aplicado há anos com efetividade em outros países, aqui o processo foi às pressas, sem que os pais e professores estivessem aptos para isso, causando prejuízo não só ao aprendizado, mas muitos casos de ansiedade e depressão”, diz a pediatra.
Dra. Maria Gabriela também ressalta os protocolos de saúde que devem ser utilizados no retorno presencial à escola. “A volta às aulas será diferente dos anos anteriores. As crianças terão que se readaptar ao ambiente escolar, aos horários e rotinas, e também aos novos hábitos que o momento pede, como uso constante de máscara. As famílias precisarão reforçar as medidas de prevenção no dia a dia e respeitar os protocolos de segurança das escolas: mantendo o aluno em casa se apresentar qualquer sintoma agudo, ou se tiver contato com pessoas com covid-19, por exemplo”, enfatiza.