Insônia é mais recorrente em mulheres de meia idade
Dificuldade de iniciar, manter ou consolidar o sono. Assim se define a insônia, mal que atinge muitas pessoas, principalmente mulheres. Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira do Sono (ABS), 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia.
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O distúrbio, no entanto, pode ser resultado de diversos motivos, como um transtorno, hipervigilância, ansiedade e outros. A pandemia também fez com que os números de pessoas com insônia aumentassem, segundo Carolina Tarachuque Fangueiro, otorrinolaringologista especialista em medicina do sono no Hospital IPO.
Mas, o que realmente se destaca é a reincidência do distúrbio em mulheres de meia idade. “Não só na menopausa, mas mulheres que estão em transição do climatério sofrem de insônia. Esse número gira em torno de 12% a 60% de mulheres acometidas pelo distúrbio”, afirma Fangueiro.
Mas, além do fator hormonal que atinge as mulheres de meia idade há anos, a insônia também envolve o período na vida dela. “Com o passar dos anos, o útero sofre hipotrofia, empurrando a bexiga e fazendo com que a mulher vá ao banheiro no meio da noite, não conseguindo restabelecer o sono depois”, diz a médica.
A preocupação também é outro fator determinante, fazendo com que as pessoas cheguem a ter aversão em deitar na cama. “Nós criamos hábitos de funcionar 24 horas por dia, não mantemos horários saudáveis e ficamos em ambientes luminosos. Tudo isso interfere na melatonina, hormônio que induz o sono”, conta.
O que fazer para evitar
Antes de mais nada, a médica afirma que é preciso entender a rotina de cada paciente. Por isso, é pedido pelos profissionais uma descrição bem detalhada sobre a vida da pessoa. Segundo Fangueiro, o tratamento “ouro” para insônia não é o remédio, mas um olhar multiespecializado que trate o problema como um todo, principalmente a origem dele.
Para isso, é importante visitar um médico para fazer um acompanhamento e descobrir, de forma personalizada e única, o que está acarretando o distúrbio.