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Aberta para o Futuro – Nova Embaixada TOPVIEW

Karla Petrelli estreia coluna da sua embaixada como representante da marca TOPVIEW

Karla Petrelli estreia, nesta edição, a sua embaixada da marca TOPVIEW. Para sua primeira participação, a redação pediu que ela escrevesse uma carta aos leitores, contando um pouco da sua história. Confira a carta de Karla na íntegra!

Meu nome é Karla Kersten Carvalho Petrelli. Agora! Meu nome de solteira, Karla Kersten Carvalho, é como sou conhecida na minha terra natal, Florianópolis. Nasci em uma família cujo pai, de origem muito simples, se fez sozinho conquistando três diplomas. Um deles de advogado. Por 30 anos, ele trabalhou como diretor da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Foi um homem que conseguiu permanecer em um cargo de confiança por todos esses anos, embora mudassem os partidos políticos da época. Sua competência, seriedade e conhecimento sempre levaram os novos presidentes a mantê-lo no cargo.

Vale ressaltar que ninguém da minha família tem ou teve emprego na Assembleia. Minha mãe, filha única de alemão, foi educada para, mesmo naquela época, fazer faculdade e trabalhar. A contragosto do meu avô, casou ainda jovem com meu pai e fez faculdade quando eu e meus irmãos éramos adolescentes. Foi a oradora da turma. Uma mulher de fibra!

Cabe aqui um parágrafo especial: meu avô, Willy Kersten, foi uma das pessoas mais cultas, antenadas e trabalhadoras que conheci. Filho de alemães, foi comerciante, teve uma loja de departamentos. Foi dono do teatro Álvaro de Carvalho e do cinema onde ele mesmo pintava e desenhava os cartazes de propaganda dos eventos e filmes. Um homem plural e singular!

Minha avó, portuguesa, tinha uma linda voz. A música veio por todos os pólos na minha vida. Meu pai tocava violão e cantava seus boleros. Minha mãe tocava piano. Meu irmão, Guilherme, e minha irmã, Andréa, também acompanhavam cantando. 

Meu avô levou-me ao teatro e ensinou-me as partes físicas do local e todos os instrumentos de uma orquestra. Seu filme predileto, Blow up, se você assistir hoje vai achá-lo “cult”. Meus avós paternos, infelizmente, não conheci, mas sei que eram pessoas simples do município de Tijucas, em Santa Catarina. 

Vivi minha juventude com plenitude. Meus pais diziam que minha liberdade seria conquistada e mantida na mesma proporção que minha responsabilidade. Sempre tive muito cuidado para não ferir esse princípio e assim, junto com meu marido, criamos nossos filhos Eduardo e Mário.

Fui criada no lema “um por todos e todos por um”. Hoje, agradeço aos meus pais por me ensinarem a amar tanto meus irmãos. Essa é a raiz que levo com orgulho, que me sustenta e me embasou para formar minha família. Trafeguei em muitas e diferentes “tribos”. Curti tanto viajar com meus pais e irmãos para a Disney, como mais tarde alugar uma “meia água” com meu irmão no Farol de Santa Marta, onde não havia nem luz, nem água. 

Hoje vejo que essa diversidade me trouxe um grande aprendizado: saber aproveitar e valorizar tudo o que a vida oferece! Me formei em Direito, fui advogada em Florianópolis, mas logo depois casei e mudei para Curitiba. Conheci meu marido e um ano e meio depois nos casamos. Em Curitiba, recém casada, fiz um curso de pós-graduação em Marketing. 

Não conhecia nada e nem ninguém em Curitiba. Hoje, posso dizer que é a minha cidade. Agradeço às mulheres curitibanas por me ensinarem tanto. São mulheres especiais! Conseguem executar todos os papéis com maestria. 

Há 25 anos, mudei de religião. De família católica, escolhi ser evangélica, uma das decisões e atitudes mais maduras e felizes da minha vida. Respeito todas as religiões, mas me encontrei nessa. 

Por que escrevo tudo isso? Afinal, não sou uma figura pública, famosa, para expor minha história e para que as pessoas tenham interesse em saber dela. Escrevo porque acredito na transparência, na simplicidade e na humildade. Esse texto é o primeiro dessa nova página da revista onde estarei com vocês, procurando trazer assuntos que, espero, sejam interessantes e agregadores. Por isso, acho importante que vocês me conheçam um pouco. 

Somos todos livros ambulantes e esse texto é um pouco do meu.

Com carinho, Karla. 

*Dedico esse texto aos meus grandes amores: Leonardo, Eduardo e Mário.

*Conteúdo originalmente publicado na edição #252 da revista TOPVIEW.

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