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A arte que toca a vida

Confira a crônica editorial publicada na edição 246 da revista

Desde muito cedo, tive o privilégio de ter acesso aos mais variados tipos de manifestações  artísticas, mas a que conduz a minha vida é a música. Em casa, meus pais tinham um toca-discos e, ainda muito pequena, eu escutava os discos de vinil que eles tinham aos montes na estante da sala. Eu adorava escutar música. Foi ali que conheci tantos nomes, como The Beatles, Roberto Carlos, Secos & Molhados, The Rolling Stones, Raul Seixas, Tim Maia… tantas bandas boas que até hoje me trazem recordações incríveis  da minha infância. 

A música clássica eu fui conhecer somente nas aulas de ballet. Dos quatro aos doze anos, frequentava uma escola de dança – três vezes por semana. Na aula, sempre havia um pianista que tocava as canções para que nós, as pequenas bailarinas, pudéssemos fazer os passos no ritmo  perfeito. E foi assim que tive meu primeiro contato com Tchaikovsky e Stravinsky. 

No início da adolescência, aprendi a tocar violão. Aprender um instrumento era desafiador e uma caixa de pandora. A cada nota alcançada e a cada música concluída, mais  conhecimento eu adquiria e mais do mundo musical eu conhecia. Estava ali, conseguindo  tocar sozinha as músicas que escutava no toca-discos dos meus pais. Era mágico!  Hoje, percebo como esses três contatos  que tive com a arte da música durante a minha infância influenciaram na minha essência hoje.

“Nossa visão  de mundo,  nosso posicionamento como  ser humano,  nossa percepção sobre as  pequenas coisas… tudo está  ligado à arte.”

A nossa cultura é construída por meio do nosso contato com as manifestações artísticas. Nossa visão de mundo, nosso posicionamento como ser humano, nossa percepção sobre as pequenas coisas…  tudo está ligado a arte.  As músicas que conheci no início da minha infância continuam presentes na minha vida, seja enquanto estou dirigindo ou na playlist  que coloco no domingo de manhã. Tchaikovsky e Stravinsky continuam me emocionando como se fosse a primeira vez. O violão que aprendi a tocar ainda me proporciona momentos mágicos em meio ao caos da vida adulta. Música, obrigada por me fazer feliz!  

E você? Qual é a arte que toca a sua vida?

*Crônica editorial originalmente publicada na edição #246 da revista TOPVIEW. 

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