PODER VIDAS: MéDICOS

Francisco Germiniani

Nerd de carteirinha, Francisco é fascinado pela fragilidade humana e dedica seus dias à neurologia

“Como um homem, eu sou de carne e osso, posso ser ignorado, posso ser destruído. Mas, como símbolo, posso ser incorruptível. Eu posso ser eterno.” É com essas frases do filme Batman Begins que o neurologista Francisco Germiniani pode ser apresentado. Grande apaixonado pelo mundo das histórias em quadrinhos, ele é movido por música e adora aumentar suas coleções — em pouco menos de uma hora de conversa, ele apresentou para a reportagem da TOPVIEW as de funkO pop, action figures e livros. Extremamente atento, detalhista e inteligente, Francisco fala de livros clássicos com a mesma facilidade que pode fofocar sobre a vida dos famosos.

Sempre esteve entre os consultórios do pai, médico, e da mãe, veterinária. Desde pequeno, Chico participava da rotina agitada dos dois e, por ser filho único, estava sempre com eles nas viagens a trabalho e congressos pelo mundo. Atualmente, “reorganiza o ninho”, após a partida de seu pai. Vivendo no apartamento que era deles, ele decora o espaço do seu jeito. “Estou em uma fase em que ficar em casa é o melhor programa. Estou adorando trazer a alma do Chico para ela”, conta.

Formado na Universidade Federal do Paraná há quase 25 anos, o interesse pela neurologia começou na instituição. O fascínio pela complexidade do cérebro, medula, nervos e músculos o conquistou. Com residência em Neurologia, Epilepsia e em Eletrencefalografia, dedica seus estudos aos distúrbios do movimento, como Doença de Parkinson e de Huntington. Além disso, também faz tratamentos com aplicação de toxina botulínica para enxaquecas, espasticidade e distonia, que foi primeiro utilizada na área da oftalmologia e neurologia e depois na dermatologia. Francisco divide seu tempo entre o Hospital das Clínicas da UFPR, no qual atua como um dos responsáveis do grupo de distúrbios do movimento e compartilha com os residentes com muita empolgação o conhecimento de suas especialidades e as consultas em seu consultório. Também mantém uma rotina de exercícios regrada, pois sabe da importância do corpo em movimento para seu bem-estar.

Apreciador das artes, fez 11 anos de sapateado durante a infância e não abre mão de ir ao cinema, frequentar shows e peças de teatro e, claro, conhecer lugares diferentes. Já se jogou no mundo algumas vezes. Sua lembrança mais querida é uma viagem ao lado de seus pais para a Grécia, em 2008. Sempre que chega a uma nova cidade, gosta de dar uma volta pelos arredores do hotel para entender onde está e o que há por perto. “Meus pais ficaram descansando quando chegamos. Assim que estacionamos em Atenas, decidi ir em busca de frutas. Passei mais de 2h30 andando. Eu estava passeando por Plaka, um dos bairros mais tradicionais da capital grega. Fiquei fascinado com os pedaços de mármore bruto no chão. Aquilo me marcou, eu vi um pedaço da história, parecia uma criança.” 

Na correria do dia a dia, o momento mais relaxante é tirar o jaleco que o transforma em um médico sério e colocar o combo shorts, camiseta e tênis. A semelhança com o super-herói preferido do doutor fica a cargo do leitor. Mas vale lembrar que o Batman sabia do peso de suas vestimentas.


“É fenomenal acompanhar a melhora dos pacientes. A melhor sensação é quando eles me agradecem por mudar a realidade deles com o meu trabalho.”

Estilo de vida de Francisco

  • Hobby preferido: ouvir o podcast Noites Gregas
  • Livro de cabeceira: E Não Sobrou Nenhum, de Agatha Christie
  • Banda/cantor preferido: The Cure, The Killers, Garbage, Shakira e Alok
  • Filme favorito: Silêncio dos Inocentes, Charada e Transformers (versão de 1986)
  • Prato preferido: Camarão à romana e fondue de queijo
  • Drink/bebida preferida: Negroni e o Bloody Mary que ele faz.

Serviço

CLÍNICA GERMINIANI
Rua Visconde do Rio Branco, 1.630, conjunto 2.005, Centro, Curitiba
Tel.: (41) 3026-8071 | (41) 9 8838-5087
@dr.francisco.germiniani


*Este conteúdo faz parte do Caderno Especial “Vidas | Médicos” e foi publicado na edição impressa da TOPVIEW #272.

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