Previdência privada: tudo sobre um dos investimentos mais interessantes quando pensamos em aposentadoria
Com um cenário político-econômico instável como o do Brasil, é cada vez mais necessário pensar em formas alternativas de garantir uma boa rentabilidade no futuro, principalmente se o assunto for aposentadoria. Uma das opções mais populares para esse tipo de investimento é, sem dúvida, a previdência privada. Entre as vantagens de poupar hoje, para ter uma renda no futuro, está a diferença de rendimento que os grandes bancos oferecem em comparação com a indústria independente.
Apesar de parecer modesto inicialmente, quando se trata de fundos conservadores de previdência privada, traz grandes vantagens no futuro. Segundo Bruno Rosenmann, sócio da Allez Invest, “mesmo que um fundo de previdência renda 1% a mais no ano, esse lucro pode se tornar até 26% maior em 25 anos. Em uma aplicação inicial de R$1 milhão, essa diferença de rendimento passa dos R$810 mil”, explica.
Mas, antes de começar a investir, é necessário conhecer as modalidades, a tributação e saber quais fundos são adequados para o seu perfil. Para isso é necessário escolher onde e com quem investir. Apesar de ser uma opção mais fácil, nem sempre recorrer aos bancos é a melhor solução.
Com cada vez mais adeptos no Brasil, o movimento de desbancarização pede que as pessoas pensem em outras formas de investimento além do banco. Isso porque muitas só conhecem os produtos financeiros apresentados por seus gerentes que, além de trabalhar defendendo os seus interesses e os do banco, também não tem tempo de fazer uma consultoria personalizada para cada cliente. “A consequência desse comportamento é que muitos investidores acabam colocando seu dinheiro em produtos que acabam sendo mais benéficos para o banco do que para eles mesmo ”, orienta Bruno.
PGBL ou VGBL?
A principal diferença entre as modalidades está basicamente na forma de tributação. Ou seja, em como os impostos impactam na hora de sacar o dinheiro da previdência. No PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres), o imposto é pago sobre o valor total do capital, ou seja, sobre a soma do seu investimento e do seu lucro. Para Bruno Rosenmann, essa modalidade é para quem faz a declaração completa do imposto de renda. “É possível deduzir do imposto seu investimento anual no plano de previdência até o limite de 12% da sua renda bruta”,aconselha.
Já, o VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) é para quem é isento da declaração do imposto de renda ou declara no formulário simplificado. Dessa forma, o investidor não abate suas aplicações anuais no plano de previdência mas, na hora de sacar, paga imposto apenas sobre o valor dos rendimentos, não sobre o valor total, como no PGBL.
Tabela progressiva compensável ou tabela regressiva definitiva?
Ambos são investimentos à longo prazo e possuem benefícios distintos. Se quiser diminuir a tributação ao longo do tempo, o ideal é optar pela tabela regressiva definitiva que começa com 35% de imposto de renda nos primeiros dois anos de aplicação e vai diminuindo 5% a cada dois anos, até chegar em 10% nas aplicações acima de 10 anos.
Agora, na tabela progressiva compensável, quanto maior o valor resgatado, maior a alíquota. Em contrapartida, as despesas dedutíveis do cálculo do imposto de renda podem reduzir o valor a ser pago no resgate. Além disso, depois dos 65 anos a isenção fica duas vezes maior, já que a tabela tem os valores dobrados após esse período.
Escolhendo o fundo ideal
Por fim, pedimos para Bruno Rosenmann explicar qual o perfil ideal para cada fundo e ele foi enfático: “não há como rotular perfil A, B ou C. Cada pessoa é uma pessoa e possui um cenário ideal e produtos específicos para ela.” Isso quer dizer que a análise minuciosa do estilo de vida do cliente é indispensável na hora de escolher os produtos nos quais deseja investir.
Se você ainda tem dúvidas ou quer deixar seus investimentos nas mãos de quem é especialista no assunto, conheça o trabalho de assessoria financeira da Allez Invest. Eles são nossos parceiros e já deram várias outras dicas sobre o mercado financeiro.
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