PODER

Construção de sonhos

Engajados com o setor de construção civil, executivos brasileiros têm feito a diferença na área

Gênios à frente de seu tempo? Jovens superdotados? Empresários preocupados com um futuro melhor? Independentemente de como já foram chamados, há algumas pessoas que sempre estão em busca de um futuro melhor para elas e para os outros.

Os profissionais focados na área da construção civil, por exemplo, vão além do que é esperado e criam novas oportunidades e novos caminhos em suas áreas, ajudando a revolucionar a forma de se morar e de se trabalhar.

Adriana Bombassaro

Foto: Divulgação.

Fundadora da FastBuilt, startup especializada em automação para construção civil e gestão do pós-obra, Adriana tem mais de 20 anos de experiência em tecnologia da informação, tendo ocupado cargos de coordenação e diretoria de desenvolvimento de produtos e marketing, além de atuar na área comercial.

Para ela, a construção civil significa uma grande oportunidade – e os consumidores têm modificado seus hábitos em uma velocidade muito superior a das empresas. As organizações que estiverem atentas a isso, com certeza, estarão muitos passos à frente de seus concorrentes. A empresária ainda complementa: “Agora, é a hora dos empresários brasileiros investirem tempo para avaliar a adoção de novas tecnologias e realmente transformar o setor, trazendo melhorias no produto final e resultados financeiros superiores para a organização”, sugere. 

Para contribuir com esse mercado, a empresa tem investido na qualidade de soluções tecnológicas que atendam à jornada do cliente dentro da construtora. “Sabemos que as áreas operacionais do segmento nunca se viram tão desafiadas a entender a jornada dos seus clientes. Por isso, é extremamente importante que as construtoras tenham uma estratégia sistêmica para esse novo momento do relacionamento”, analisa.

Alexandre Lafer Frankel

Foto: Divulgação.

Aos 44 anos, Alexandre é um empreendedor que tem como objetivo reinventar a forma de morar e para oferecer mais liberdade e tempo para as pessoas. Com apenas 18 anos, ele fundou sua primeira empresa de tecnologia. Engenheiro civil de formação, há três anos, fundou a Housi, uma plataforma de moradia por assinatura.

A construção civil está presente em sua vida desde o princípio. “Respiro a construção civil desde que nasci. Meu pai é construtor e meu grande mestre. Sempre estive envolvido com o setor e acredito que teremos um crescimento muito significativo no país nos próximos anos”, afirma.

O empresário possui uma forte opinião sobre o futuro da área: “O futuro não será mais a compra da casa própria, mas, sim, o acesso ao imóvel. Isso vai acontecer gradativamente, assim como no setor automobilístico. Os imóveis também não poderão existir sem a associação com a tecnologia e um ecossistema de serviços”, projeta. 

Os prédios com a tecnologia da Housi são plataformas para que as startups coloquem as suas soluções em prática. “Temos um computador superpotente, um smartphone e os prédios inteligentes. Tudo é conectado. Funcionamos como um sistema operacional que permite a aplicação de infinitas soluções on e offline”, aposta.

Clarisse Gomes

Foto: Divulgação.

Aos 32 anos, Clarisse é sócia de inovação e ventures na Deloitte, empresa que oferece serviços de auditoria, consultoria, assessoria financeira e consultoria tributária. Ela também é professora de inovação na Fundação Dom Cabral, além de ser mentora de startups de impacto e membro de comitês de inovação.

Engenheira civil pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestranda em Inovação e Políticas Públicas na Universidade de São Paulo (USP) com certificação em Inovação e Tecnologia em andamento pelo MIT, entende que a construção civil possui potencial de impacto. “Segundo a Abrainc, 10% dos trabalhadores brasileiros são empregados nesse setor. Em um país com tantas demandas reprimidas como o nosso, uma indústria de construção eficiente é um serviço social”, explica.

Seu contato com a área começou aos 16 anos, quando ela estudava edificações. Um ano depois, ela já fazia projetos e coordenava obras. “Vivi situações muito desafiadoras sendo jovem e mulher em grandes canteiros de obras e pude perceber de perto dois problemas sistêmicos: falta de diversidade e baixa produtividade. Descobri que a inovação poderia ser uma ferramenta para lidar com essas duas dores”, conta.

Hoje, ela atua em iniciativas que reduzem o impacto ambiental de grandes implantações, aumentando a qualidade de vida dos trabalhadores e criando experiências digitais para os consumidores.

Saulo Suassuna Filho 

Foto: Divulgação.

Fundador e CEO da Molegolar, empresa cuja tecnologia permite aumentar ou diminuir a planta de um imóvel levando em consideração as necessidades do cliente em cada fase da vida, Saulo também é diretor da Suassuna Fernandes Engenharia e presidente da NOVA Urbanismo.

Aos 42 anos, ele entende a construção civil como uma paixão. “Nasci e fui criado nesse meio. Visito canteiros de obras desde os dois anos de idade com meu pai. Cresci respirando o tema. Além
disso, há toda uma importância do setor, que tem função fundamental na economia, na geração de empregos e, por vezes, consegue ser um dos principais vetores que definem o progresso de um
país”, avalia.

Para o executivo, o futuro desse mercado está cada vez mais industrializado, menos artesanal, mais digital e inovador. “Vejo que o futuro é promissor, com processos e tecnologias cada vez mais
parecidos com os dos mercados mais desenvolvidos”, diz.

Saulo destaca a flexibilidade da habitação ao longo dos últimos anos, ou seja, a possibilidade de adequar a habitação conforme a necessidade de espaço dos clientes ao longo da vida. “É importante que o imóvel possa acompanhar essa mudança da necessidade de espaço dos moradores ao longo da vida”, conclui.

*Matéria originalmente publicada na edição #268 da revista TOPVIEW.

Deixe um comentário