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Dia Mundial da Fotografia: Eduardo Macarios divide anseios, inspirações e desafios da atuação como fotógrafo

Para celebrar o Dia Mundial da Fotografia, conversamos com o fotógrafo curitibano Eduardo Macarios

Para celebrar o Dia Mundial da Fotografia, nesta sexta-feira (19), a TOPVIEW conversou com o fotógrafo Eduardo Macarios. 

Fotógrafo de arquitetura Eduardo Macarios
(Foto: Rafael Dabul)

Jornalista por formação e graduado em fotografia pela Arts University Bournemouth, ele ficou conhecido por seu trabalho em diversas áreas (comunicação, arquitetura, decoração…). Macarios apresenta uma identidade visual bem definida e ganhou reconhecimento por sua estética de alinhamentos precisos e composições simétricas. Dessa forma, teve suas fotos expostas em diversas publicações especializadas. Ele revelou seus planos futuros e quem o inspira. Leia a entrevista na íntegra: 

Você tem mais de 10 anos de carreira como fotógrafo e, desde 2015, foca na área de arquitetura e decoração? Como se deu essa “virada de chave”? 

Foi um momento em que eu escolhi focar em uma coisa só, em vez de querer abraçar tudo ao mesmo tempo! Pensei em algo que eu realmente gostasse de fazer e me veria fazendo por muitos anos. Foi uma decisão pensada a longo prazo e teve muito planejamento. Hoje, 7 anos depois, vejo que valeu a pena!

O que mudou na sua visão como fotógrafo nesse período?

A fotografia não é só fotografia. Tem muito trabalho por trás de boas fotos, e tenho olhado cada vez mais para a gestão do negócio como um todo. Além disso, fotografar arquitetura praticamente todos os dias me ajudou a desenvolver um olhar mais sensível e atento, além de uma capacidade de síntese que tenho buscado em meu trabalho.

De que forma a arquitetura influencia na sua vida e vice-versa?

A arquitetura me influencia praticamente em tudo: em como eu vivo, moro, e percorro cidades. Não tem descanso! A escolha de morar no centro, por exemplo, e como “ler” a cidade vem daí. Isso se dá muito por conta da troca constante com os arquitetos que convivo e ouço diariamente. 

Quais são seus projetos como fotógrafo a curto, médio e longo prazo?

Desde o ano passado comecei a fazer filmes de arquitetura, tem sido bastante interessante e novo pra mim, mas é algo que gostaria de desenvolver mais! Também inaugurei meu novo escritório e galeria, onde posso apresentar meus trabalhos autorais, é um espaço onde penso em experimentar mais e apresentar novos projetos. E claro, continuar documentando a arquitetura.

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O que podemos celebrar neste Dia Mundial da Fotografia?

Eu acho que o potencial da fotografia como ferramenta de linguagem nunca foi tão forte, somos visuais, e cada vez mais a pessoas tem se apropriado desse formato. Ao mesmo tempo, temos um excesso de imagens vindo de todos lados, o tempo todo. Isso é um pouco angustiante às vezes, mas pode ser uma boa reflexão a ser feita nesse dia!

Quais fotógrafos lhe inspiram atualmente? E por quê?

Recentemente vi a exposição “Amazônia” do Sebastião Salgado, no Sesc Pompéia. É muito impactante e atual. É um trabalho de uma vida de um dos maiores fotógrafos brasileiros, que continua sendo uma inspiração de entrega e dedicação à fotografia. Mas há muitos fotógrafos e fotógrafas que me inspiram, na fotografia de arquitetura temos uma rede de fotógrafos espalhados pelo Brasil, que se ajudam e trocam ideias. Entre eles: Joana França, Fran Parente, Denilson Machado e Maíra Acayaba.

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