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Slow Design? Empresária aplica esse conceito em hostel de Curitiba

O objetivo do Slow Design é promover o bem-estar e a integração entre os indivíduos, a sociedade e a natureza

Conceito ainda inédito e pouco discutido no Brasil, o slow design tem como base o desenvolvimento tanto de produtos, como o de serviços “mais longos”. Mas o que isso quer dizer? A princípio, quer dizer que cada projeto leva em consideração vários fatores antes de ser desenvolvido, entre eles o bem-estar e a integração entre indivíduo, sociedade e a natureza. O slow design se contrapõe aos modelos mais conhecidos que são baseados no consumo desenfreado e de curto prazo.

O hostel e a paixão pela natureza 

Quem adotou esse conceito foi a empresária curitibana Eduarda Guimarães de Almeida. Formada em Tecnologia em Processos Ambientais, e sempre ligada ao tema, no ano passado ela inaugurou o primeiro hostel slow design do Brasil, que vem chamando atenção de curitibanos e turistas. “O Bosque nasceu de uma paixão antiga. Fui criada em meio a natureza, sempre perto da terra. Era um sonho: um projeto que tivesse esse conceito, que levasse em consideração a cultural local e regional, as pessoas e o meio ambiente”, comenta.

Aplicar esse conceito não foi tarefa fácil. Foram cinco anos até o hostel finalmente sair do papel – já que o Brasil ainda é pouco desenvolvido para empreender nesse sentido – , por outro lado, para Eduarda, tudo é possível, e se você quiser aplicar o slow design no seu projeto, a dica é: tenha calma. “Eu vejo esse conceito muito além de uma simples ferramenta. Para aplicá-lo, nós precisamos entendê-lo, mudar nosso mindset e, a partir daí, desenvolvê-lo. Não é uma tarefa fácil, mas é possível, basta querer”, segundo a empresária.

 Onde fica o hostel 

A casa que abriga O Bosque fica em uma rua arborizada e tranquila, próxima a um dos pontos turísticos mais charmosos de Curitiba: o Museu Oscar Niemeyer. Além do hostel, lá você também encontra um café, bem como uma loja – a primeiro lixo zero da cidade e do sul do país – e uma galeria; tudo isso pensando sempre nos cuidados com a natureza e em uma relação de consumo mais consciente. “O modo como fazemos e olhamos produtos e serviços aqui toma um corpo de autoconsciência e do pertencimento do ser humano como parte corresponsável pelo sistema. Queremos que as pessoas passem a olhar com mais cuidado para o futuro”, finaliza.

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