Redefinição de experiências
Embora muitos setores estejam se recuperando dos efeitos do coronavírus, o de viagens é um dos que tendem a ter uma retomada mais lenta. A pandemia desaparecerá lentamente, mas deixará prováveis efeitos psicológicos no pós-pandemia. Dessa forma, é inevitável nos perguntarmos quais serão os fatores que nos trarão segurança para vivenciar experiências ao redor do mundo.
Apesar da necessidade de uma terapia universal para tratar a insegurança pós-Covid, o desejo de viajar não irá desaparecer. A grande responsabilidade de comunicar essa segurança de uma forma transparente e, ao mesmo tempo, encantadora caberá à comunicação das empresas.
Em uma recente pesquisa realizada pelo The New York Times com acadêmicos, agentes de turismo e funcionários de aeroportos sobre quais seriam as principais necessidades para que as pessoas pudessem retornar a viajar, foram destacadas questões como privacidade e limpeza. No entanto, o fato é que as pessoas continuarão viajando, porque é uma prática humana desde Plínio, o Velho, naturalista romano que viajava para provar comidas e conhecer lugares.
A meu ver, a grande mudança estará na experiência. Entre tantos aspectos, a exigência dos consumidores do turismo pode ressignificar a maneira como os serviços serão oferecidos, como a reformulação de assentos de aviões, quartos de hotéis em quarentena e regras rígidas de distanciamento. Depois de termos fi cado confinados por meses, nós, turistas, provavelmente priorizaremos a liberdade. 2020 tem sido um ano em que passamos muito tempo em ambientes fechados e 2021 será um ano de começar a sair e viver o lado de fora de uma nova maneira.
“(…) o desejo de viajar não irá desaparecer e (…) ao meu ver, a grande mudança estará na experiência.”
*Coluna originalmente publicada na edição #239 da revista TOPVIEW.