Pinceladas na história do Paraná
Raízes artístico-culturais são contempladas na riqueza histórica do estado paranaense, que acolheu imigrantes de diversos países e muitas histórias ao longo dos séculos. Confira a seguir 10 nomes que abrilhantaram as artes visuais no Paraná a partir da curadoria realizada pela galerista Zilda Fraletti.
André Mendes
A obra de André Mendes transita entre a pintura, o muralismo e as intervenções espaciais integradas à arquitetura. Realizou murais gigantescos e muitas exposições nacionais e internacionais. É arte-educador e cria oficinas para escolas, hospitais infantis e públicos de todas as idades.
Carlos Eduardo Zimmermann
Foi um dos maiores artistas contemporâneos do Paraná. Sua arte é caracterizada pelo perfeccionismo com que desenhava detalhes do real, como envelopes, embrulhos, barbantes, cortinas e papéis levitando, dando-lhes um clima de irrealidade e mistério.
Eduardo Freitas
Eduardo Freitas pesquisa os conceitos relacionados à forma, matéria, hibridação, corpo e tradição. Tem exposto regularmente desde 2004 e recebido diversos prêmios em concursos de arte nacionais e internacionais. Atualmente, vive e trabalha em Portugal.
Juliane Fuganti
cm, 2017.
Juliane Fuganti é fascinada pelos mangues. Restos de marés vazantes, esses mangues sustentam um ecossistema e tornam-se para a artista um lugar de aconchego, um porto seguro. Exímia gravurista e professora, tem um vasto currículo e, em 2018, expôs uma série de fotogravuras e pinturas no MON.
Marcelo Conrado
Nas pinturas de Marcelo Conrado, nenhum excesso interessa. Sua paleta, de longa data, é sinônimo de síntese: o preto, o branco e suas variações. As mãos do artista formam linhas e áreas densas que exprimem energia e estabelecem relações com o trajeto da vida e a permanente busca pelo equilíbrio.
Marcelo Paciornik
Autor de vasta obra, desenvolveu uma linguagem única, de grande valor artístico. Extremamente criativo, reinventava-se incessantemente em pesquisas filosóficas e técnicas. Deixou-nos prematuramente em março de 2020, aos 49 anos.
Maria Cheung
m x 0,40 cm x 0,40 cm, 2019. Obra do acervo do Fuping Pottery Art Village – China.
Ceramista chinesa naturalizada brasileira, desenvolve arte conceitual, resultado do resgate das suas raízes. Acumulou vários prêmios, realizou inúmeras exposições aqui e no exterior. Em 2020, foi o 1º lugar no Prêmio Jornada em Reconhecimento à Trajetória, no Paraná.
Rogerio Ghomes
Sua trajetória é marcada pelo uso da linguagem fotográfica, em que o silêncio predomina. Muitas vezes, a imagem é associada à palavra. Suas obras estão em importantes acervos, como no da Coleção Pirelli-MASP de fotografia, MAM-SP, MAC-USP, Fundação McLaren, entre muitas outras.
Rossana Guimarães
em tela, 120 x 100 cm, 2018.
Seu trabalho poético está sempre ligado à natureza. Nas fotos de céu e nuvens (Aberturas Para um Espaço de Liberdade e Sonho), reflete sobre as pessoas andarem com a cabeça baixa, olhando o celular, enquanto cenários fabulosos estão se movimentando no céu, entre nuvens e luzes extraordinárias.
Verônica Filipak
feltragem a seco em tecidos diversos, 110 x 49,5 cm, 2020.
Verônica discute a estética por meio de campos de cor produzidos por linhas e tecidos. Participou de exposições nacionais e internacionais, como a Bienal Internacional de Arte Têxtil Contemporânea em Madrid e o Quilt Museum em Paducah, EUA.
*Fotos: divulgação.
*Matéria originalmente publicada na edição #246 da revista TOPVIEW.