Pandemia impulsiona procura por casas
Segundo pesquisas da Brain Inteligência Estratégica, cerca de 75% das pessoas do Centro-Oeste que desejam comprar uma residência, tem preferência por casas. O número também se reflete na capital goiana, Goiânia, onde as raízes rurais ainda pulsam, e foi impulsionado nos últimos meses com a crise do coronavírus. A procura por lotes em condomínios horizontais tem surpreendido o mercado imobiliário.
O gerente de desenvolvimento imobiliário do Grupo Toctao, Rafael Roriz, que está implantando condomínio horizontal Plateau D’or, em Goiânia, conta maio foi o melhor mês de vendas no ano e, junho, antes mesmo de terminar, já empatou com ele e deverá superá-lo. Ele explica que a percepção recorrente dos profissionais de venda acerca da motivação para a compra é que pessoas notaram o quanto é importante ter espaços para as crianças, para o home office e estar confortáveis em suas casas.
O diretor da Tropical Urbanismo, Paulo Roberto da Costa, além das novas tendências comportamentais despertadas pela pandemia, outro fator tem colaborado para impulsionar as vendas foi a queda da taxa básica de juros, que em junho chegou a 2,25%, em vem decrescendo desde julho de 2019, quando estava em 6,5%. A variação impacta diretamente diversos segmentos econômicos, incluindo o mercado imobiliário. Basicamente, quando ocorre queda da Selic, o crédito fica mais barato”, diz.
Por outro lado, a baixa da Selic diminui a remuneração dos investimentos financeiros, o que beneficia de novo mercado de imóveis.
Mais espaço
O empresário Fernando Goulart, de 34 anos, comprou um lote no condomínio horizontal Plateau D’Or em maio. Com uma família com dois filhos pequenos, deixará seu apartamento de 275 metros quadrados no Setor Marista, e aguarda entrega da obra para construção da casa dos sonhos, vai se mudar para uma moradia intermediária em outro condomínio horizontal na mesma região. “Nesse momento de pandemia meu desejo de mudança ficou mais forte. Se eu tivesse um espaço adequado, por exemplo, poderia trabalhar mais de casa”, pontua Fernando.