ESTILO

O charuto é agro

Além da importância econômica, o tabaco desponta como ferramenta de representatividade social

O agronegócio, em países emergentes como o Brasil, movimenta grande parte da economia. O charuto que você degusta faz parte dessa engrenagem complexa movimentada por grandes produções de tabaco, que, por consequência, estimulam o mercado e geram muito, mas muito, dinheiro.

Só para você entender o impacto da produção de tabaco, o produto é a mais importante cultura agrícola não alimentícia do planeta. O Brasil é o segundo maior produtor de tabaco do mundo, além de líder na exportação mundial há mais de 15 anos.

De acordo com o Sinditabaco, 85% do fumo produzido em terras brasileiras é destinado à exportação, que, inclusive, ganha agora uma nova personagem: o Brasil conquistou o direito de exportar tabaco para a China – e a promessa é aumentar a produção dos atuais R$ 10 milhões de charutos comercializados.

O principal estado beneficiado é a Bahia, detentor do segundo maior parque fumícola do Nordeste. E, diferentemente de Cuba, pátria mundial dos grandes charutos, em que a maioria dos trabalhadores é composta por homens, no Brasil, imperam as mulheres (80% da mão de obra nas fábricas do Recôncavo Baiano é feminina), o que resulta em um amplo processo de representatividade social e econômica.

O setor também conta com a produção de cerca de 2.300 famílias que cultivam o tabaco em suas propriedades na região, em parceria com as empresas, fomentando a agricultura familiar.

Os prognósticos para o tabaco dentro do agronegócio são os melhores – e a meta é o Brasil se tornar líder mundial. Isso vai impactar a nossa economia positivamente, pode apostar!

*Matéria originalmente publicada na edição #260 da revista TOPVIEW.

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