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MON inaugura segunda edição da exposição asiática; vídeo

Agora dividida por núcleos de regiões e civilizações, a mostra tornou-se mais didática e teve uma renovação de cerca de 50% das obras expostas

A partir desta quinta-feira (20) os visitantes do Museu Oscar Niemeyer (MON) poderão conferir a segunda edição da exposição “Ásia: a terra, os homens, os deuses”. Inaugurada em março de 2018, teve uma renovação de cerca de 50% das obras expostas. Dividida agora por núcleos de regiões e civilizações, a mostra tornou-se mais didática.

“A chegada da coleção asiática ao acervo do MON elevou-o ao patamar dos grandes museus internacionais e sua atual renovação demonstra o interesse constante do Museu em permitir amplo acesso do público ao seu acervo”, afirma a diretora-presidente da instituição, Juliana Vosnika.

“O público conseguirá visualizar melhor como era uma pequena casa no Japão ou o gabinete de um mandarim literato na China do século 17, por exemplo”, afirma o embaixador Fausto Godoy, que há dois anos doou ao MON uma coleção de quase 3 mil peças de arte asiáticas reunidas por ele ao longo de sua carreira diplomática, oriundas de países como China, Japão, Índia, Paquistão, Butão, Irã, Afeganistão e Myanmar.

Ele explica que a principal diferença entre as duas montagens da exposição é que essa segunda edição apresenta uma seleção regional e temática. “Com essa releitura, mostramos a grande variedade da coleção”, comenta. Godoy afirma ainda que o conceito utilizado para o atual recorte transforma a segunda edição numa nova exposição.

(Foto: Divulgação)

Segundo o embaixador, a temática da primeira montagem da exposição era mais diversificada. A opção agora foi dividir em núcleos, o que permite focar em determinadas áreas geográficas ou civilizações e ter uma leitura mais harmônica. O núcleo islâmico, que compreende peças da Índia, Paquistão e Afeganistão, está concentrado numa única vitrine. Outros núcleos apresentados separadamente são o chinês, o japonês e o indiano, além de uma vitrine dedicada à Ásia Central e ao planalto tibetano.

Godoy explica que, após a renovação, a exposição apresenta vários novos destaques. Um deles é o recipiente para pincéis (Bitong) da Dinastia Ming (1368-1644). Outro ponto alto da nova edição da exposição é a cama com dossel feita com madeira jacarandá, do século 18, da região de Hyderabad, na Índia. “Na cabeceira da cama tem a representação da árvore da vida, que é um símbolo muçulmano muito forte, e o lado oposto é inspirado nos bilros portugueses”, comenta.

(Foto: Divulgação)

Na primeira sala, o público poderá também ver de perto pequenos unguentários de vidro do século 1 a.C. “São peças raras, com pouquíssimos exemplares em exibição no mundo e que mostram a influência grega e romana naquela região, naquele período da história da humanidade”, informa o embaixador.

Ele também destaca nessa segunda edição gravuras, papéis e tapetes criados em diferentes tempos de guerras da humanidade, dispostos numa sala específica da mostra, chamada por Godoy de “Arte e Política”. São obras como xilogravuras da Revolução Cultural da China, desenhos e pôsteres da Guerra do Vietnã e tapetes da Guerra do Afeganistão feitos por crianças. “Ao contrário de serem uma elegia à guerra, essas obras nos mostram uma visão profunda da humanidade”, explica.


Serviço:
“Ásia: a terra, os homens, os deuses”
Aberta ao público a partir de 20 de fevereiro
Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999 – Curitiba)
museuoscarniemeyer.org.br
Visitação: terça a domingo, das 10h às 18h
R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada)
Quartas gratuitas 

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