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Surrealismo nas ruas: conheça Ismael Coradin, o artista que transforma o cenário urbano de Curitiba

Ismael é ilustrador, designer e entusiasta do mundo da moda. Ele criou a série fotográfica Safári Urbano, que está em exposição no ParkShoppingBarigüi

Flamingos no museu Oscar Niemeyer, girafas subindo aos céus, araras no Bosque do Papa e baleias flutuantes em pleno centro da cidade. É assim que Ismael Coradin, 24, imagina as paisagens urbanas de Curitiba.

Formado em Design Gráfico, Ismael flerta com a arte, a fotografia e o mundo da moda para criar cenas como as descritas acima. Atualmente, suas obras estão em exposição no ParkShoppingBarigüi na mostra intitulada “Safári Urbano”. A TOPVIEW conversou com exclusividade com a artista para entender mais sobre seu processo criativo e suas artes surrealistas. Confira!

O começo 

Para Ismael, sua veia artística corre em seu sangue desde cedo. Isso porque, quando criança, ele teve contato profundo com o cenário urbano e o mundo das artes. “Com 13, 14 anos eu andava muito de skate e acho que essa vivência me possibilitou muito estar próximo de variados tipos de arte: foto, grafite, música… Isso me influenciou muito nas minhas escolhas”, conta. 

Ismael Coradin. (Foto: acervo pessoal)

Porém, foi na faculdade de Design Gráfico, durante os anos de 2015 e 2016, que o ilustrador se conectou de verdade com a fotografia, tirando muitas vezes fotos com o próprio celular. “Eu chegava em casa e começava a tirar foto de tudo, para saber meu gosto. Nessa época, já fazia algumas montagens, mas só para mim mesmo. Uma grande influência positiva foi meu professor Leandro Catapam, sempre amei as colagens dele”, relata Ismael.

Baleias no centro da cidade. (Foto: Ismael Coradin)

Em 2019, o designer postou as primeiras imagens da série Safári Urbano no Instagram. E o sucesso foi imediato. Sua primeira foto foi de flamingos gigantes na Praça do Japão e Ismael conta que logo na segunda e terceira publicação já ganhou repost de grandes páginas da cidade. 

 
 
 
 
 
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O processo 

A surpresa de ter sido reconhecido logo no começo foi um combustível certeiro para que o artista levasse a frente seu processo criativo. Segundo ele, a mistura de elementos é sua paixão, com “coisas mais viajadas e imagens surreais” sendo marcas registradas. 

“Passamos pelos mesmos lugares e vemos sempre as mesmas coisas, então comecei a transformar esses lugares com a minha arte. Foi como consegui me destacar”, conta o ilustrador. Quando perguntado sobre os flamingos, o animal mais recorrente em suas obras, ele fala que foi amor à primeira vista: “adoro eles pela questão do equilíbrio, das cores, da vida que representam”. 

Flamingo no MON. (Foto: Ismael Coradin)

A respeito do processo criativo, o de Ismael começa muito antes de ele tirar a foto, pois, segundo ele, a ideia e o conceito veem acima de tudo. “ A partir do momento que tenho em mente o que quero fazer, entro no Google Street View até achar um lugar da cidade que se adapte ao que eu quero. Quando eu acho o lugar, fotografo com a câmera ou celular mesmo”, revela. A edição, que é sua parte favorita do processo, demora em torno de 4, 5 horas – isso quando ele não edita várias fotos juntas, o que pode levar mais de 8 horas. 

O futuro

Independentemente do sucesso, Ismael se diz apaixonado pelo que faz. Sua maior meta daqui para frente é poder juntar a fotografia com a moda.

“Vou continuar o que eu tenho para no futuro juntar os dois. No final de 2020 fiz minha primeira foto mais diversificada [fora do conceito Safári Urbano], mas sempre dentro do surrealismo, que foi onde eu me encontrei na arte. Cada foto pra mim é uma foto única, estou sempre procurando algo novo, afinal, arte é sempre estar amadurecendo e evoluindo”, finaliza o artista. 

Curitiba 0 grau. (Foto: Ismael Coradin)

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