ESTILO ARQUITETURA & DECORAçãO

Contemporânea e rústica

por Daniel Batistella  fotos Daniela Buzzi

 

Uma casa litorânea prática, focada no lazer, e para ser usada o ano todo. Essa foi a proposta dada por um jovem casal com dois filhos pequenos ao escritório Valliatti & Tomasi Patrão. O terreno escolhido para a realização do projeto, de 600 m2, fica localizado entre a praia Mansa, em Caiobá, e a Mata Atlântica.

De início, o arquiteto Sergio Valliatti Jr. tinha como desafio o calendário. Os proprietários queriam a casa finalizada até dezembro de 2012 – a construção se iniciou em março do mesmo ano –, a tempo de usá-la para o verão. Segundo ele, o que facilitou o cumprimento do cronograma foi a compatibilização dos projetos de arquitetura e de interiores, este último feito em parceria com a arquiteta Luciana Patrão.

A partir da metragem de 400 m2 estabelecida pelos donos e um programa básico dos ambientes, foi desenhada uma casa de linhas retas, com poucos volumes, muito vidro e com o mínimo de alvenaria nas divisões internas. Essa integração permitiu que, a partir do momento em que se entre na casa, seja possível visualizar todos os ambientes da parte social. “Isso é bom porque ela parece bem maior do que é, além de ser mais ventilada”, explica.

 

Pitadas de cor
Classificada por Valliatti como contemporânea rústica, a casa tem, no piso, paredes e teto, uma paleta monocromática em tons de gelo como base de cor. Para quebrar esse gelo, foram dadas algumas pinceladas de cor em tons de vermelho, coral e verde, em almofadas, cúpulas, tapetes, estamparias e, em um toque inusitado, na porta de entrada. “Coloquei cor em elementos mais soltos”, detalha.

A rusticidade de elementos pode ser encontrada no linho das capas dos sofás e das cortinas; nas fibras presentes em detalhes do mobiliário e no tapete; nas pedras do revestimento da piscina e da fachada, e na grande bancada da sala; além da madeira maciça encontrada no mobiliário da sala e espaço gourmet.

A piscina, em formato de L, foi definida em dois níveis de profundidade e teve como revestimento a pedra balinesa verde, para passar um aspecto mais natural possível. A principal característica dela é terminar na margem da varanda, quase dentro da casa. “Tive essa ideia para que a pessoa dentro da casa tenha um maior contato com a água”, explica.

O paisagismo foi trabalhado na parte da frente para contornar e marcar a entrada principal. Na parte posterior, Valliatti colocou um maciço verde no limite dos fundos do terreno, que serve tanto para esconder o muro quanto para juntar o verde privativo com o verde da mata e árvores mais altas foram colocadas nas laterais para dar privacidade em relação aos vizinhos.

O projeto luminotécnico foi baseado na iluminação indireta, com pontos focais e direcionados. Uma mangueira de LED foi inserida para marcar a área de refeições. Do lado de fora, a iluminação também é pontual, com destaque para as luminárias da varanda, que fazem um risco de luz na arquitetura e marcam o pilar da cobertura da varanda.

 

 

* Matéria originalmente publicada na edição impressa de novembro de 2013

 

Deixe um comentário