ESTILO VIAGEM

Destino: tênis!

O próximo destino é Roland Garros... e não Paris.

O ano era 1997 e o catarinense Gustavo Kuerten tinha recém conquistado o título inédito do Grand Slam francês — feito que aconteceria por mais duas vezes na carreira do melhor tenista que o Brasil já viu. Foi o gatilho para a minha família, que sempre gostou de viajar, fazer debut em um campeonato internacional. E nunca mais parar. Depois do US Open 1998, todas (sim, todas) as viagens passaram a ser pautadas no calendário da ATP, a Associação dos Tenistas Profissionais. Mais de vinte anos depois, seguimos a tradição. Agora profissionalmente.

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Camila na Rod Laver Arena, na Austrália (Foto: reprodução/instagram)

In loco ou à distância, acompanhar o circuito é realmente viciante. Desculpa infalível para dar check em Paris, Nova York, Londres e Melbourne, onde acontecem os maiores torneios. Vale pela atmosfera, pela concentração de gente bonita e pela overdose de jogos de altíssimo nível. 

A série Break Point, da Netflix, conseguiu transmitir bem o frisson dos bastidores e ajudou a disseminar o tennis core. Os fãs do esporte agradecem a proliferação de collabs altamente desejáveis como a da New Ballance com a Miu Miu e a de Hailey Bieber com a Fila, além do retorno triunfal da Lacoste, marca fundada por um ex tenista, no calendário de moda francês. As coleções tenísticas também estão cada vez mais caprichadas. Sorte a nossa.  

Ter uma brasileira na lista das quinze melhores do mundo é o incentivo que faltava para torcer da arquibancada — foi lindo de ver Bia Haddad nas semis de Roland Garros. Alguns dias antes, Thiago Wild tirou o então numero dois Medvedev e foi destaque no Jornal Nacional. Agora é João Fonseca, promessa de 17 anos, quem (literalmente) levanta a torcida — ganhou troféu de mais popular em Bucareste. 

Camila em Arthur Ashe Stadium, em Nova York (Foto: reprodução/instagram)

Empresas como a Faberg, do ex profissional Fabio Silberberg, facilitam muito o giro tenístico com ingressos e experiências. Indico começar com os Grand Slams e incluir Rio Open na programação 2024. Miami conquista os brasileiros pela facilidade e ATP Finals, com os oito melhores do ano, pela orgia gastronômica do Piemonte. Monte Carlo, Madri, Roma… a verdade é que há uma infinidade de possibilidades. E sobra vontade de dar check em todos até ser confundida com uma tenista.

Curiosidades sobre o tênis 

A partida mais longa da história do esporte aconteceu no torneio de Wimbledon, em 2010: John Isner e Nicolas Mahut levaram 11 horas, cinco minutos e um total de três dias para decidir 6–4, 3–6, 6–7 (7–9), 7–6 (7–3), 70–68

O US Open é o evento que tem a maior premiação entre as principais competições do tênis. Em 2023, ao todo, foram distribuídos 65 milhões de dólares — 3 milhões apenas para os campeões. O campeonato disputado em Nova York foi o primeiro Grand Slam a pagar a mesma premiação para homens e mulheres, há 50 anos.

O tênis é um esporte Olímpico desde a primeira edição de Atenas, em 1896. Em 1928 a modalidade foi retirada do programa e só retornou em Seul, em 1988. As brasileiras Luisa Stefani e Laura Pigossi levaram o inédito bronze na edição de Tóquio, em 2020 (a vaga das brasileiras veio apenas no último dia possível, com a desistências de outras jogadoras).

Camila no USTA Billie Jean King National Tennis Center, em Nova York (Foto: reprodução/instagram)

O grande nome do circuito em 2024 é o italiano Jannik Sinner, de 22 anos. Depois de ganhar o Australian Open, o italiano venceu o Masters de Miami e subiu à vice-liderança da hierarquia mundial. O único patrocinado pela Gucci.

O americano Ben Shelton, de 21 anos, é dono e proprietário do saque mais potente da atualidade. O primeiro serviço já chegou a 240 quilômetros por hora nas oitavas de final do US Open de 2023.

Dicas do que fazer em países dos maiores torneios

Paris

Onde ficar: Le Bristol — meu preferido de Paris desde sempre, para sempre
Restaurante: menu degustação do L’Atelier de Joël Robuchon ou uma pizza despretenciosa em um dos restaurantes da rede Big Mamma — o Pink Mamma é o mais conhecido, o BigLove fica no Marais
Além dos jogos: jogo do Paris Saint-Germain — o Parc des Princes fica ao lado das quadras de Roland Garros 

Melbourne

Onde ficar: Grand Hyatt — um dos hotéis oficiais do evento, é possível encontrar jogadores e ir a pé ao complexo — ou alugar um airbnb (a cidade é grande mas não há hotéis uau)
Onde comer: La Central para brunch caprichado 
Além dos jogos: cafés — Melbourne é o principal destino de café da Austrália graças ao vício coletivo em cafeína — alguns lugares para beber café: Dukes Coffee Roasters, Brunetti, To be Frank

Torino

Onde ficar: Principi di Piemonti, onde os jogadores ficam, ou NH Piazza Carlina, onde morei por dois meses antes de encontrar um apartamento na cidade.  
Restaurante: Del Cambio, com estrela Michelin
Além dos jogos: caçar trufa branca em Alba — o campeonato acontece no período de maior oferta da relíquia regional

A Rod Laver Arena é uma das principais arenas do Australian Open (Foto: reprodução/instagram)

Itens essenciais para levar na mala

Protetor solar (uso Shiseido)

Boné (comprar o do torneio)

Flat e confortável

Maquiagem: leve com textura cremosa, rímel a prova d’água (uso Care)

Tennis Core Inspo Pack – O look do dia está diferente

Saia plissada 

Camisa polo 

Suéter em gola V

Viseira 

Marcas estrangeiras

Lacoste

Fila

Polo Ralph Lauren

Tory Sport

Marcas brasileiras

Body For Sure 

Slyce Apparel 

*Matéria originalmente publicada na edição #288 da TOPVIEW.

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