TOP TALK | Neto Mocellin, sommelier na importadora Gran Cru
Desde criança, Neto Mocellin percebeu no vinho e na gastronomia o elo para reunir amigos e familiares. Há mais de 15 anos, o jovem, que hoje trabalha na Águas Ouro Fino, decidiu buscar conhecimento voltado à enograstronomia. O amor e o interesse por essa arte o fez se especializar em chef de cuisine e restaurateur e, atuar como sommelier na importadora Grand Cru
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Uma lembrança da infância.
Lembro-me de quando minha mãe deixava que eu cheirasse as taças de vinho do Porto que eram servidas após alguns jantares com amigos.
Uma curiosidade sobre você.
Sou apaixonado por boa gastronomia, heavy metal e filmes de terror.
Quem a inspira atualmente?
William Kelly, escritor que faz avaliações de vinhos da Borgonha.
Como você definiria o setor vitivinícola atualmente?
Estamos evoluindo. Cada vez mais vejo consumidores procurando por vinhos “de verdade” — com menos química, conservantes e manipulação na vinícola. Tentando entender a cultura regional de cada apelação. Quanto ao setor, acho que está se conscientizando e voltando ao básico: produzir vinho e não commodity.
Qual foi o melhor momento que celebrou acompanhado de um bom vinho?
Quando pedi minha esposa em casamento, na Borgonha. À noite, comemoramos no Maison Lameloise, restaurante três estrelas Michelin, e bebemos um Chambolle-Musigny La Combe d`Orveau 2009, do produtor Jean Grivot.
Se pudesse escolher uma pessoa no mundo, quem convidaria para beber um bom vinho com você?
Gostaria muito de ter dividido uma garrafa com Henri Jayer, um dos mais importantes produtores da Borgonha, que, infelizmente, já faleceu.
Último vinho que comprou?
Barolo, de 1967, do produtor G.B Burlotto.
Se pudesse beber um único vinho, de uma única marca, todos os dias, qual escolheria?
Chateau Rayas, especialmente a safra 2010.
PRODUÇÃO EXECUTIVA
REPORTAGEM
*Matéria originalmente publicada na edição #286 da revista TOPVIEW.