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Com passagem pela IBM e pela Oracle, a diretora corporativa da Safesystem, Mabel Cristine Szeremeta, junta-se ao time de embaixadores da TOPVIEW neste mês para falar sobre um dos temas que mais mexem com o mundo pessoal e corporativo na atualidade: tecnologia. Confira mais sobre sua carreira e seus gostos nesta entrevista exclusiva:

Descreva a sua trajetória profissional e o seu interesse por tecnologia. De onde ele surgiu?
Por incrível que pareça, não comecei na área de TI (Tecnologia da Informação) por formação acadêmica, mas sim, por meio dos corredores da UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina) – instituição na qual me formei em Administração de Empresas, em Florianópolis (SC). Em 2001, após um dia de trabalho, estava eu andando pelos corredores da universidade me deslocando para a primeira aula da noite, quando me deparei com um cartaz da IBM sobre seu programa de estágios, que se chamava, na época, Passaporte IBM. Como sempre fui muito curiosa e destemida, anotei o site para acessá-lo no dia seguinte, no primeiro horário, quando chegasse em meu trabalho. Claro que dormi superansiosa naquela noite, pois não via a hora de entender como funcionava o processo. No dia seguinte, ao chegar à minha estação de trabalho, logicamente a primeira atividade que fiz foi entrar no site da IBM para entender sobre o programa de estágio. Comecei a ler atentamente todas as informações e percebi que só havia cidades fora das proximidades de Florianópolis, como Curitiba, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e assim por diante. Por um breve momento, fiquei triste. Mas, ao mesmo tempo, não pensei duas vezes e, mesmo Florianópolis não constando nas cidades, fiz minha inscrição para participar do processo, mesmo que fosse para me mudar para Curitiba ou Porto Alegre, por exemplo. Finalizei a inscrição e, a partir dali, meus pensamentos positivos e a esperança de ser chamada já se iniciaram. Um mês após o envio do formulário, recebi um e-mail da IBM solicitando respostas a umas perguntas voltadas à área de Administração e Processos. Eu, mais nervosa do que nunca, tremia nas bases, pensando em como iria responder da melhor forma ao questionário, para que vissem em mim uma potencial candidata.

Depois de algumas respirações profundas, concentrei-me naquele mundo de perguntas, busquei inspiração em todos os meus neurônios e células, respondendo da melhor forma que pude e torcendo para que olhassem para minhas respostas com o mesmo zelo e atenção com que me dediquei para respondê-las. Mais ou menos um mês se passou e, então, recebi uma ligação da empresa e fui chamada para o processo seletivo da vaga de estágio – que tinha acabado de abrir – na unidade de Florianópolis. Eu, na maior cara de espanto, surpresa e emoção, respondi: “filial de Florianópolis? Como assim? Quando me inscrevi no site, nada falava sobre ela!” Pois é, era o destino batendo à minha porta e a minha vida mudou totalmente a partir daquele momento. Depois daquela ligação, fiz todo o processo seletivo presencial, com várias entrevistas, e, no final, fui a escolhida. Na IBM, aprendi a amar a tecnologia. Cresci como pessoa e profissional. Brinco que fui forjada pela IBM. Foram quase 12 anos de um aprendizado constante e de passagens por diferentes áreas: desde a parte mais burocrática de processos, planilhas, relatórios, até os desafios do dia a dia na venda de projetos complexos de tecnologia. Passei por marketing, vendas e gestão de clientes em territórios diferentes. Fui, então, de Florianópolis para São Paulo. Lá, atendi clientes do Centro–Oeste, Norte e Nordeste, conhecendo grande parte do nosso Brasil e fazendo amigos por onde passei.

Depois de dois anos na capital paulista, onde fiquei na matriz, na Tutóia, fui transferida para o Sul novamente, onde me encontro desde 2008, em Curitiba. Após um ciclo de muito crescimento e realizações na IBM, em julho de 2013, tomei a decisão de me permitir alçar novos voos e aceitei o convite da Oracle para cuidar do território PR/SC. Na Oracle, minha garra e persistência vieram ainda mais à tona. Eu brinco que tive os quatro melhores e piores anos da minha vida no mundo de vendas e tecnologia. Realizei projetos por todas as regiões do Paraná e de Santa Catarina e comemorei muitas vitórias, mas, ao mesmo tempo, vivi muitos momentos de tensão e pressão neste mundo extremamente competitivo de vendas. Em setembro de 2017, depois de todos os desafios vivenciados nessas importantes multinacionais e gigantes da tecnologia, percebi que estava na hora de trazer toda a bagagem e conhecimento que adquiri ao longo de quase 17 anos para o dia a dia do nosso negócio. Em outubro de 2017, comecei minha jornada na Safesystem, empresa do meu esposo, Cassio Alberto Lang, que foi fundada em 1991. Desde então, estou à frente da gestão do time de arquitetura e vendas corporativa, entregando soluções de tecnologia dos maiores fabricantes no segmento.

Se você pudesse se descrever em uma frase, qual utilizaria? Por quê?
“Vai lá e vença.” Sou uma pessoa muito determinada, que não tem medo e que busca aprender em todas as situações, por mais dif íceis que elas possam parecer. Em tudo há um aprendizado.

Quais são seus livros favoritos?
O Caçador de Pipas e A Arte da Guerra.

Quais são seus drinks favoritos?
Cosmopolitan, Aperol Spritz e todos com champagne (risos).

Quais são seus filmes favoritos?
Sou cinéfila, amo filmes. Diria que gosto de muitos, mas alguns me marcaram: Lendas da Paixão, Diário de Uma Paixão, Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento, O Senhor dos Anéis, todos do Harry Potter, O Fantasma da Ópera, com Gerard Butler, O Milagre na Cela 7, A Cabana, Hannibal, O Silêncio dos Inocentes, Esposa de Mentirinha – e assim por diante. Sou bem eclética.

Qual é o maior trunfo que a tecnologia nos traz hoje em dia, na sua opinião? E a maior armadilha?
Ela pode simplificar muito a nossa vida, mas, se não soubermos usá-la corretamente, ficamos dependentes – no mau sentido.

Qual é a sua leitura a respeito da segurança na internet atualmente?
Ela se faz urgente e necessária. Estamos muito expostos e não nos atentamos a questões simples do dia a dia. Estamos caindo em situações perigosas de roubo de dados e informações, porque, na correria em que vivemos, aceitamos o desconhecido sem questionamento.

Quais são as suas expectativas para esta embaixada na TOPVIEW?
Espero poder trazer a tecnologia ao mundo feminino e cotidiano de forma mais leve e acessível. Precisamos cada vez mais da sensibilidade e intuição da mulher no mundo competitivo dos negócios de TI.

O que podemos esperar de sua embaixada?
Uma embaixada informativa e descontraída.

*Matéria originalmente publicada na edição #245 da revista TOPVIEW.