ESTILO

A singularidade de um “móvel-arte”

Por Luciane Horcel

Ter um móvel-arte, significa a garantia de algo bastante marcante e original, mas sem perder a funcionalidade do objeto. Uma mesa feita de troncos ou outros materiais inusitados, por exemplo, pode continuar servindo para almoços e jantares, mas ao mesmo tempo ter o estilo que mistura elegância e sustentabilidade e se destacar no ambiente.

Claro que tanta originalidade exige lá seus cuidados. Colocar a peça entre tantas outras, pode ser um erro grande. Além de não valorizar a exclusividade do móvel, corre o risco de deixar o ambiente poluído.

Mesa de centro de aço com tronco imbuia.
Mesa de centro de aço com tronco imbuia.

 

“Geralmente o móvel-arte é uma peça bastante marcante, original, que chama a atenção. Então, é preciso valorizar a peça e ter cuidado para que ela não seja somente mais um elemento no ambiente, mas sim o item de destaque. Além disso, não dá para usar mais nada tão chamativo no ambiente, senão fica coisa demais e ao invés de valorizar, vai poluir”, afirma a arquiteta Daniela Barranco Omairi.

Muitos desses móveis são elaborados a partir da utilização de matérias-primas como troncos e raízes. No processo de produção, todo trabalho é muito minucioso e cheio de detalhes.

De acordo com Ugo Guttierrez Neto, artesão e sócio proprietário da Boulle Móveis de Fundamento, loja especializada neste tipo de mobiliário, o acabamento de alto nível é resultado do olhar apurado e crítico. “A produção começa assim que a madeira é encontrada, pois o artista já enxerga a peça pronta. O que difere em cada criação é a combinação do material usado, que pode ser ferro, bronze, vidro, acrílico ou até mesmo uma outra madeira”, explica.

Banco em aço e com tora de imbuia .
Banco em aço e com tora de imbuia .

Considerado o detalhe a mais em qualquer decór, o móvel-arte pode ser usado tanto em espaços particulares, quanto em decorações corporativas. “Tudo depende da escolha da peça, que tem que estar em sintonia com o ambiente montado, mas é possível incluí-las em todos os espaços. Eles cabem bem em espaços externos de varandas ou em espaços internos com áreas gourmet, livings, lavabos, entre outros. Para não sobrecarregar o ambiente, basta não exagerar”, diz a profissional.

Para essa escolha da peça, a arquiteta Cris Daros afirma que “a busca pelo diferente” é o que deve imperar. “Geralmente são produtos escolhidos por aqueles que optam pelo trabalho dos artesões brasileiros e têm uma grande consciência ambiental”, diz.

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