ESTILO GASTRONOMIA

Do Japão para os bares de Curitiba: conheça (e saiba onde provar) o delicado e refrescante shochu

Nós fomos conhecer - e provar - esse destilado japonês que tem conquistado o paladar de muita gente - e vai te fisgar também!

Leve, suave e refrescante. Essas três palavras são as que melhor definem o sabor do shochu – bebida que tem se tornado cada vez mais comum na carta de drinques dos bares das grandes cidades. Se você não conhece, fique atento: conversamos com três apreciadores e verdadeiros conhecedores da bebida e vamos te dar dicas de onde provar shochu em Curitiba.

O shochu é um destilado japonês que, conforme explica Daniel Honda, da Adega de Sake, é feito geralmente com cereal ou tubérculo. “Não se sabe exatamente a origem do shochu. Os primeiros registros são do Japão, século 16, na província de Kagoshima, Sul do país” afirma Daniel, que também é sommelier de sakê e vende a garrafa de Shochu a partir de R$ 149.

O destilado, que é extremamente leve ao paladar, pode ser servido puro com gelo, com água quente (Oyuwari) ou com água e gelo (Mizuwari). O mais tradicional drinque que leva a bebida é conhecido como Chu-hi e combina água com gás e um toque de limão. “Geralmente, o shochu não é uma bebida muito potente, ou com notas muito evidentes. Por isso, acredito que seja indicado para drinques com notas sutis e delicadas” complementa Daniel.

Como a imaginação e a criatividade movem o mundo dos coquetéis é possível, sim, inovar! No Nomiya, que fica na badalada Prainha da Itupava, a bertender Andrea Koga serve o Chu-hi com xarope de gengibre, água com gás e limão. Essa combinação cria um drinque super leve, suave e – principalmente – refrescante. Ele é vendido em copo longo por R$ 15. “A gente tem também uma versão de Negroni que, ao invés de colocar gin, nós colocamos o shochu. Isso faz com que o drinque fique bem mais equilibrado do que com gin” contou Andrea. Custa R$ 20.

A dica de quem provou: o melhor drinque – você não pode deixar de provar! – , é o que leva shochu, matcha e xarope de gergelim torrado. Essa criação é exclusiva de Andrea e – sinceramente – se você passar pelo Nomiya e não experimentar, perderá uma bela chance de experimentar o shochu. O drinque ainda não está no cardápio, mas logo, logo entra e deve custar R$ 22.

Além disso, o shochu também tem sua versão envelhecida em barril de carvalho, que acrescenta mais força ao sabor. “Ele é mais aveludado no paladar” garante Mayã Sfair, do Nomiya. As doses de Shochu no bar custam R$ 30.

Aproveitando o frescor do shochu, Vinicius Kodama, do Ponto Gin, também inova com a bebida. “Tem um drinque que é tipo um Moscow Mule. Base de gengibre, limão, shochu e club soda. E tem outro que é a base de uva verde, hortelã, limão e shochu. Todos muito refrescantes” conta o bartender. Os drinques saem por cerca de R$ 25 cada.

E dá para harmonizar?

Como a maior parte dos destilados, o shochu também combina com alguns pratos! Confira as dicas dos entrevistados:

Daniel: pode ser harmonizado com vários tipos de pratos, não apenas japoneses. Sendo um destilado de sabor sutil, o shochu dificilmente entra em conflito com os outros sabores dos pratos.

Andrea e Mayã: o Chu-hi dá para degustar com um temaki, por exemplo. Já as doses acompanham as refeições tranquilamente. E o envelhecido combina com uma comida um pouco mais gordurosa.

Vinicius: por ele ser delicado, funciona muito bem com peixe. O shochu tem um gosto mais leve, ele não atrapalha a refeição, ajuda até mesmo abrir o paladar.

Onde provar shochu em Curitiba

Adega de Sake Curitiba_(41) 3527-3582
Av. Silva Jardim, 2042 – Loja 2 – Água Verde.

Nomiya_ (41) 3503-3054
R. Itupava, 1299 – Loja 6 – Hugo Lange.

Ponto Gin_R. Cel. Dulcídio, 747 – Batel.

Izakaya Tanuki_(41) 3503-5526
Av. dos Estados, 853 – Água Verde.

Izakaya Hyotan_(41) 3224-1910
Alameda Augusto Stellfeld, 1281 – Batel.

Kabuki Izakaya_Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 1652 – Bigorrilho.

Deixe um comentário