Manu Daher

por Juliana Reis  foto Eduardo Macarios

TOP VIEW: Quando não morava em Curitiba, do que mais sentia falta daqui?
Manu Daher: Dos passarinhos!

TV: O que é mais importante para a criação do seu trabalho? Amor, arte ou natureza?
MD: Essas são precisamente as minhas três inspirações. Além disso, elas têm exatamente o mesmo peso na minha balança, são praticamente um para mim.

TV: Algum artista ou flower designer te influencia diretamente na criação do seu trabalho?
MD: Sim, muitos e em várias áreas diferentes, mas especialmente o meu mestre, Daniel Ost.

TV: Qual é a sua flor preferida?
MD: Dália, pela beleza simples e brejeira.

TV: Qual é o arranjo mais marcante que você já fez?
MD: Entre tantos outros, um pinhão gigante feito de rolinho de folhas secas que tinha 100 quilos e foi suspenso em uma mostra de arquitetura. Tive que subir em um andaime de seis metros para trabalhar. Adorei!

TV: O que é mais desafiante: agradar o cliente curitibano ou lidar com a imposição de formas e cores da natureza?
MD: Sem dúvida é agradar aquele curitibano que ainda é apegado à estética do mais é mais — que para mim vai no caminho contrário das questões do mundo moderno em todos os âmbitos.

TV: Quais são as plantas ou flores que mais agradam o curitibano?
MD: Orquídeas, peôneas, callas… Ou o que o vizinho estiver usando (risos).

TV: Te deixa triste ver que seu trabalho é como uma escultura efêmera, que uma hora vai se consumir e desaparecer?
MD: Eu acho linda essa transformação. A vida é assim. Não tenho intenção de ser eterna.