Giuliano Batista e seu neopsicodelismo

por Abonico Smith

QUEM?
Giuliano Batista (guitarras, violões e voz)

QUANDO?
Curitiba, 2013

COMO?
Nascido em Recife, mas em Curitiba desde os 10 anos, Giuliano Batista compõe desde adolescente e só mostrava suas obras para os amigos. Agora, aos 26, lançou seu primeiro disco, com três músicas. Disponível para download na internet, o EP Coroados voou alto em pouco tempo e conquistou atenção da crítica local. Foi gravado no feriado de carnaval de 2013 em uma casa em Coroados, Guaratuba. Para compor a banda de apoio, Giuliano uniu amigos músicos (João Caserta, engenheiro de som d’A Banda Mais Bonita da Cidade; Marcos Dank, guitarrista do Trem Fantasma; Alexandre Cajinha e Wonder Bettin, respectivamente baterista e guitarrista do Esperanza), gravou as faixas Eu Tenho Uma Pistola, Uma Viola e Uma Mulher, Eu e Ela e o Amor e Por Que Você É Tão Legal? e oficializou seu projeto de formato one-man band.

POR QUÊ?
O que têm em comum bandas como a australiana Tame Impala, a americana MGMT e a britânica Temples? Todas têm flertado com o psicodelismo, tornando o gênero “criado” na época da contracultura na Califórnia dos anos 60 uma das principais tendências do rock no século 21. O que é curioso, afinal, músicos que nasceram bem depois de toda aquela explosão de cores, sons e ácidos hoje adotam a mesma estética sonora com tanto afinco que parecem ter sido teletransportados daquele período por alguma máquina do tempo. Para Giuliano, que coloca o seu projeto musical Foba como equivalente brasileiro dessa turma neopsicodélica, o que tem qualidade resiste ao tempo para ser descoberto por gerações futuras. No caso dele, tudo começou com a introdução ao rock com o Nirvana em audições diárias do álbum Nevermind no caminho da escola. Depois conheceu Pink Floyd, os brasileiros Otto e Júpiter Maçã e os discos MGMT e do Tame Impala. Daí, para juntar toda a carga de psicodelia acumulada a canções com peso e harmonias simples (herdadas da folk music) foi um pulo.

HEIN?
Com o sucesso meteórico na internet, Giuliano já foi convidado para levar o Foba ao palco. Formou uma banda de apoio (com dois integrantes do EP) e fez o show de estreia em março. A experiência entusiasmou e novas apresentações estão sendo agendadas. “Nunca me imaginei tocando minhas músicas ao vivo com uma banda”, diz Giuliano. Ele já havia gostado da sonoridade extraída quando se juntaram para gravar ano passado e pensado em registrar as músicas de um modo mais folk, mais ao violão.  Talvez grave mais um EP. “Tenho músicas prontas para mais um disco”, entrega. Depois quem sabe venha, enfim, o primeiro álbum. “Não quero concebê-lo só no intervalo dos trabalhos do dia a dia. Para mim, o álbum requer um tempo maior, quem sabe um retiro de um mês como feito ano passado.”

ONDE?
soundcloud.com/fobasound
facebook.com/fobasound

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