Tudo o que você precisa saber sobre viagra feminino e masculino
Estudos como o Massachusetts Male Aging Study indicam que mais de 50% dos homens entre 40 e 70 anos enfrentam problemas de disfunção erétil – e que esse número aumenta conforme a idade progride, chegando a 70% aos 70 anos. Por sua vez, segundo a pesquisa Flibanserin: do Banco para a Cabeceira, 43% das mulheres convivem com a ausência ou diminuição do apetite sexual. Embora já existam medicamentos desenvolvidos para atender a essa população, o “viagra feminino” não se popularizou como o masculino. Com a ajuda da farmacêutica industrial Carolina Perottoni, a TOPVIEW buscou as principais características e diferenças entre as opções disponíveis – ou não – para homens e mulheres.
MASCULINOS
Disponíveis no mercado
– Sildenafil (Viagra) – Tadalafil (Cialis) – Citrato de sildenafil (Pramil, Potent e Erofast).
Como age no organismo
Deve ser tomado antes da relação. Age como vasodilatador, aumentando o fluxo de sangue na região do pênis e colaborando para que a ereção não demore a iniciar e também para que dure mais tempo.
Efeitos colaterais possíveis
Problemas cardíacos, desmaios, hemorragia nasal, alterações na pressão arterial, rubor facial, indigestão, náuseas, vômitos, refluxo gástrico, perda auditiva, dores de cabeça, nas costas ou musculares, entre outros.
Média de preço e onde comprar
Cerca de R$ 20 o comprimido. É vendido em farmácias, mediante prescrição médica. Embora só possa ser vendido com receita, em alguns pontos é possível o paciente ser avaliado por um médico online, por meio de formulário, facilitando a compra.
Principal polêmica ou tabu
Apesar de muito procurado, o Viagra é usado por homens que nem sempre enfrentam a causa real da sua disfunção erétil. Muitos têm vergonha de procurar um especialista para relatar suas dificuldades e acabam não tratando a origem do problema, que poderia ser facilmente detectados e sanados. São exemplos de causas de problemas de ereção: diabetes, hipertensão, obesidade, cigarro e álcool. Outro comportamento de risco comumente observado é o uso do Viagra por homens que não sofrem de impotência e que buscam apenas melhor desempenho
FEMININOS
Disponíveis no mercado
-Flibanserin (Addyi). Aprovado pela agência reguladora de saúde americana (FDA), mas ainda não pela agência brasileira (Anvisa).
Como age no organismo
Para surtir efeito, o uso deve ser diário. Age como antidepressivo e aumenta a libido por meio de ação nos neurotransmissores cerebrais – diminui a serotonina e aumenta a dopamina e a norepinefrina.
Efeitos colaterais possíveis
Tonturas, náuseas, sonolência e fadiga excessiva. Além disso, o medicamento exige abstinência alcoólica, causa de rejeição por muitas mulheres. Se associado ao álcool, a intensidade dos efeitos colaterais pode ser significativamente ampliada.
Média de preço e onde comprar
Nos Estados Unidos, paga-se em média US$ 10 por cada comprimido. Não está disponível para venda no Brasil e a compra no exterior não garante autorização de entrada do medicamento no país, já que o produto não é autorizado pela Anvisa.
Principal polêmica ou tabu
Estudos indicam que apenas 10% das mulheres que usaram o “viagra feminino” notaram um aumento na libido, e bem tímido, o que pode levar a um fracasso comercial do produto. Médicos alertam que o uso do Flibanserin ainda envolve mais riscos do que benefícios e é considerado baixo o número de profissionais que o prescrevem. Especialistas acreditam que a indústria farmacêutica ainda não sofre “pressão social” suficiente para investir em uma solução mais útil para as mulheres. Como se, ao contrário dos homens, fosse mais aceito que elas tenham menos apetite sexua
*Matéria originalmente publicada por Bianca Smolarek na edição 212 da revista TOPVIEW