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Fora do ninho: tudo sobre o tão sonhado intercâmbio

Confira as principais dicas para o intercâmbio do seu filho sair do papel

Preparativos

“É preciso ser flexível, estar aberto a conhecer e vivenciar o novo, o diferente e a cultura local”, conta Marina Dionizio, gestora da CI Intercâmbios Batel, sobre o processo de preparação, para o qual é recomendado de seis meses a um ano. A idade comum dos programas de High School é entre 14 e 18 anos e é habitual ser exigido um nível intermediário do idioma e um bom histórico escolar. Aliar os desejos dos filhos e da família é uma das etapas mais importantes, por isso, é realizada uma série de consultorias para debater investimento, perfil do estudante, destinos e opções de escolas. “Cada escola é soberana, ou seja, terá sua política de ingresso, sua documentação e nível de inglês exigido”, revela Leonardo Candelore Trench, diretor da assessoria educacional internacional GradeUP.

A experiência

Maju Alves se forma em seu High School suíço em maio deste ano.

Quando Maju Alves, aos 17 anos, disse que queria fazer intercâmbio, a empresária Karolina Schubert ficou apreensiva com a decisão da filha mais velha. “Ela já estudava em escola internacional e viu que não estava preparada para escolher o curso do vestibular”, lembra a mãe. A segurança do país escolhido, Suíça, e a qualidade de ensino foram fatores importantes. Porém, fundamental f0i ouvir a filha. “É isso que vai definir o sucesso de um intercâmbio. Afinal, quem vai fazer o intercâmbio são eles”, aconselha Karolina que buscou o auxílio de especialistas autônomos e fez pesquisa própria.

Após finalizar o High School, Maju não parou. Aprovada em quatro seleções, decidiu continuar os estudos na City University of London, cursando duas graduações: Política Internacional e Sociologia. Além de se adaptar a uma nova cultura, hoje ela tem seu próprio apartamento em Londres e, com isso, todas as responsabilidades que acompanham.

Atualmente, o voo alto dos filhos não é mais um temor para Karolina, que incentiva outros pais: “Aproveitem a oportunidade e vivam junto esse sonho, porque vale a pena e passa muito rápido. As dificuldades são mínimas [comparado ao] tamanho da experiência e descobertas que o intercambista e a família vivem”, finaliza.

Quando fazer

Agências especializadas são unânimes em classificar o período escolar ideal para se fazer intercâmbio: o segundo ano do Ensino Médio. Isso porque é facilitada a covalidação do diploma nacional do Ensino Médio e das disciplinas exigidas pelo Ministério da Educação. O fundador e diretor da GradeUP, Leonardo Candelore Trench, reforça que essa é apenas uma recomendação. “Entendemos que o aluno já se ambientou no Ensino Médio brasileiro, então, ele pode retornar após a conclusão desse período fora do país e finalizar o estudo dentro da escola de origem. Ele terá menos burocracia comparado a quando o aluno termina o Ensino Médio fora.”

 

*Matéria publicada originalmente na edição 216 da revista TOPVIEW. 

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