SELF SAúDE

“Vai lá no meu terapeuta”. Veja as terapias indicadas pela TOPVIEW

Quando relatamos algum problema físico ou emocional, é comum ouvir a frase acima. Então, antes mesmo que você peça, a redação resolveu dar as suas melhores dicas

SHIATSU

Terapeuta: Erica Akiyama
Quem indica: Luise Takashina, editora-assistente

Influenciada pela família, Luise procurou a Erica em busca de relaxamento, e encontrou: “Saio de lá com a sensação de que dormi dez horas seguidas”. De quebra, as idas constantes resolveram um problema na lombar. A terapeuta explica que a técnica oriental tira a tensão da musculatura e melhora a circulação, eliminando toxinas. “No nível energético, equilibra o corpo”, diz. Tudo isso por meio de massagem, com movimentos de pinçamento, amassamento e alongamento da musculatura.

Em uma sessão de uma hora, todo o corpo é estimulado. “A massagem é muito focada nas costas, no pescoço, nos pés e na cabeça. As mãos dela são firmes e ela insiste em um mesmo local, até resolver”, conta Luise. Erica explica que os meridianos são pontos específicos situados nos canais energéticos, que correspondem a órgãos e funções do organismo. Assim, para tratar de um problema no estômago, por exemplo, o terapeuta vai trabalhar nos pés e nas costas.

Com o estímulo dos pontos, o próprio corpo busca a cura. Mas Erica chama a atenção para uma questão fundamental: a prevenção. “O ideal é cuidar da saúde, não da doença. As pessoas só nos procuram quando já estão ruins”, lamenta. Os orientais acreditam que as doenças são causadas pelas toxinas, por isso a adoção regular do shiatsu funcionaria como prevenção. “Como a massagem ajuda a liberar toxinas, a Erica pede para tomar água no dia seguinte e, no final da sessão, sempre serve um chazinho”, completa Luise.

Dica de ouro

“As toxinas ficam acumuladas nas solas dos pés, causando doenças e envelhecimento. Após o banho, massageie os pés. Pode ser com as mãos, massageadores específicos para os pés ou elétricos, pisar em bambu. Depois, tome um copo de água morna para eliminar as toxinas.”

Terapia Oriental Sati_(41) 3328-4780;  9221-4780. Rua Almirante Tamandaré, 892, Alto da XV. Massagem avulsa: R$ 90; pacote de 2 sessões: R$ 170; pacote de 4 sessões: R$ 320.

TERAPIA FLORAL

Terapeuta: Cristina de Souza
Quem indica: Paula Azevedo, diretora de arte

O tratamento começa durante a espera: uma pracinha no meio do jardim. Para a terapeuta floral, a conexão com a natureza é tão importante que a maioria das paredes do consultório é de vidro, com vista para o mesmo jardim. O futuro ofurô para banhos de ervas está sendo instalado ao pé de um grande bambuzal. Não é para menos, já que o tratamento que ela faz vem da natureza. Os remédios florais são feitos com água energizada de flores específicas. Essa água fica com a impressão elétrica da flor, ou seja, com suas características energéticas.

Uma planta que viva no deserto, por exemplo, tem grande capacidade de resistência e independência. Já a originária da Mata Atlântica está acostumada a trabalhar em associação. Assim, alguém muito individualista precisa da característica da Mata Atlântica e pessoas dependentes, do deserto.

Cristina trabalha com seis sistemas de florais: Bach, Desert Alchemy, Pacífico, Buch Australiano, Mata Atlântica e Califórnia. Algumas linhas atuam mais no físico, outras no emocional. “Quando alguém começa a tomar floral, se alinha com essa capacidade de sobreviver e florescer de planta.”

Paula se trata com Cristina há cerca de um ano. “Dependendo do seu estado emocional, ela trabalha com outras técnicas como shiatsu, aplicação de argila, acupuntura e banhos terapêuticos. A proposta de cada consulta é sair de lá linda por dentro e por fora”, afirma.

Dica de ouro

“Quando chegar em casa, esqueça do trabalho. Opte por alimentos leves e coma só até 19h. Antes de dormir, tome um banho quente e um leite morno com uma pitada de cúrcuma e açúcar mascavo. E não se esqueça de fazer uma oração. A última coisa que penso antes de dormir estará no meu sono.”

Consultório Cristina de Souza_(41) 3343-7209; 9871-2420. Rua Bento Viana, 245, Água Verde. Consulta: R$ 170 / shiatsu: R$ 90 / acupuntura: R$ 60 / argila (facial) de R$ 50 a R$ 70.

MICROFISIOTERAPIA

Terapeuta: Francine Mayuri Sano
Quem indica: Alice Duarte, diretora de redação

A microfisioterapia é uma técnica recente: surgiu na França há cerca de 30 anos e chegou por aqui em 2005, mas pouca gente conhece. Trata-se de um método que identifica os traços deixados por traumas no corpo. “Tudo o que você vive fica marcado. Um exemplo é o medo vivido por sua mãe na sua gestação, que fica registrado em alguma célula do seu corpo. Em algum outro momento de vida você revive o mesmo medo e, como o corpo não conseguiu identificar o trauma, somatiza mais uma vez, criando bloqueios que podem gerar sintomas ou até doenças”, explica Francine. Esse processo ocorre porque as células têm “memória”. Quando uma célula morre, passa a informação para sua sucessora, perpetuando o problema. Os franceses fizeram mapas de como esses eventos ficam registrados e, a partir deles, o terapeuta identifica, na pele – o primeiro tecido formado – qual foi o trauma e quando ocorreu.

Alice conheceu a técnica por indicação de sua terapeuta floral. “Decidi experimentar porque percebia que tinha alguns padrões emocionais repetitivos que estavam atrapalhando a minha vida. Por mais que eu tivesse consciência disso, não estava conseguindo encontrar o caminho da mudança”, relata.

Com movimentos sutis e suaves de palpação, a técnica faz o corpo identificar que aquilo é um problema e o conduz para que ele entre em processo de autocura. “Foi muito libertador identificar a origem e eliminar esses padrões. Depois da segunda sessão já senti mudanças concretas na minha vida!”, conta Alice.

Dica de ouro

“O que as pessoas estão precisando hoje é diminuir o ritmo mental, o estresse. E fazer atividades que deem mais prazer, como meditação, caminhada, dar risada. Leia umas cinco piadas por dia. Rir libera hormônios do prazer e melhora tudo.”

Consultório Francine Mayuri Sano_(41) 3333-3426; 9614-0157. Rua Prof. Ulisses Vieira, 1.070, Vila Izabel. Primeira consulta: R$ 250; demais: R$ 230.

AYURVEDA

Terapeuta: Max Reis
Quem indica: Érika Busani, editora web

A medicina tradicional indiana existe há mais de 5 mil anos e trabalha com o reequilíbrio orgânico, emocional e espiritual do paciente. “Ayurveda baseia-se nos cinco elementos que formam toda a manifestação material do universo: éter, ar, fogo, água e terra. Quando algum dos elementos está em desequilíbrio no corpo, inicia-se o processo da doença”, afirma Reis.

Segundo essa tradição, os seres humanos são influenciados pelos cinco elementos por meio dos três doshas. São eles: Vata (ar+éter), Pitta (fogo+água) e Kapha (terra+água). “Todas as pessoas possuem os três doshas, mas em diferentes proporções e essas proporções é que nos fazem diferentes uns dos outros.”

O tratamento começa por um levantamento sobre os hábitos de vida, problemas físicos e emocionais e o diagnóstico pela observação de pulso, língua, unhas, pele, cabelos e urina.

Conforme o dosha predominante e os desequilíbrios apresentados pelo paciente, Max indica procedimentos como massagens, desintoxicação do organismo (Panchakarma), pacificação (Shamana), entre outros. “Ele orienta em relação a hábitos de vida, como os melhores horários para acordar, comer, dormir. E atividades que são adequadas para o seu dosha. Para mim, indicou o yoga. No Ayurveda a alimentação tem um papel muito importante para o equilíbrio do corpo e ele ensina quais são os alimentos mais indicados para você. Isso sem restringir quase nada!”, conta Érika.

Dica de ouro

“Ingira entre 6h e 10h da manhã, em jejum, um copo de água morna com gotas de limão e uma pitada de sal para digerir AMA (toxinas) e estimular agni (fogo digestivo). A água morna limpa as paredes do intestino e o limão faz com que a água entre diretamente na célula.”

Toque de Saúde Terapias Ayurvédicas_(41) 3016-8777; 8838-4656. Rua. Alf. Ângelo Sampaio, 350, Água Verde. www.toquedesaude.com | Primeira consulta de avaliação: gratuita. Massagens e tratamentos: R$ 130.

*Matéria escrita por Érika Busani e originalmente publicada na edição 163 da revista TOPVIEW.

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