Ortorexia: a doença disfarçada de alimentação perfeita
Comumente vemos e ouvimos que ser fitness é o caminho mais saudável e correto para se viver mais e melhor, certo? Infelizmente não é bem assim. A busca excessiva – ou até uma fixação pela alimentação correta e natural – já é considerada um distúrbio alimentar segundo a Organização Mundial da Saúde. E esse distúrbio é conhecido como ortorexia.
Acontece que, atualmente, esse problema muito comum é também muito confundido com saúde, determinação e foco. Em outras palavras, a pessoa deixa de ingerir completamente alimentos que não são considerados saudáveis e “limpos”, o que caracteriza um problema, um comer transtornado. Viver de uma alimentação excessivamente natural não é saudável. Viver em equilíbrio é.
Essa denominação pouco usual já existe há duas décadas, mas ainda é pouco comentada justamente por confundir-se com um cuidado extremo. Mas como identificar se alguém sofre desse problema? Um dos principais sinais é quando o indivíduo deixa de sair de casa. Para ele, todo o tipo de comida que encontrar fora será ruim. Para o ortoréxico, não seguir uma dieta à risca é sinônimo de pouca ou nenhuma força de vontade.
Esse transtorno faz com que o foco da vida da pessoa seja total e exclusivo à comida saudável. A doença passa a afetar o convívio da pessoa com os outros e até mesmo congiso mesma, tendo em vista que o ortoréxico prefere muitas vezes ficar sozinho por conta da comida do que sair e interagir ao redor da mesa.
Como qualquer outro transtorno alimentar, existem três pilares importantes para a melhora e tratamento: o primeiro e essencial é a ajuda terapêutica. A ajuda médica psiquiátrica também pode ser uma possibilidade caso não haja melhoras apenas com a terapia. O terceiro pilar é a nutrição. A dieta deve estar melhor alinhada levando em consideração a condição do paciente. Pensando que essa alimentação deve ser feita de maneira “normal” e não obcecada.