Artigo: Você sabe o que é escoliose idiopática do adolescente?
Quem vê a estudante Camila Castro de Almeida, 16, malhando não imagina o sufoco que ela passou há três anos. “Eu sentia muita dor nas costas, quando ficava muito tempo em pé e até quando corria”, relata. Pouco tempo depois, ela descobriu que tem escoliose. Você sabe o que é escoliose idiopática do adolescente?
Esta é uma deformidade na coluna vertebral. O problema afeta três vezes mais meninas do que meninos, de acordo com artigo publicado no Journal of Children’s Orthopaedics, em 2012. Existem três tipos da doença. A escoliose idiopática infantil, que afeta crianças de até três anos; a escoliose idiopática juvenil dos quatro aos nove. E a escoliose idiopática do adolescente, dos dez aos 14 anos, como o caso da Camila.
Esta é uma doença silenciosa, que geralmente não se manifesta. Mas, o adolescente pode ter alterações estéticas nas costas, quando a deformidade apresentar uma angulação mais alta. Quanto maior a deformidade da curva, maior será a sua gravidade.
O tratamento depende muito da gravidade da doença. As opções de tratamento podem ser mais simples, como uma observação, com radiografias seriadas e/ou uso de coletes, até tratamentos mais complexos, como cirúrgico. Cada caso deve ser avaliado de forma individualizada.
Atividade física pode ajudar?
Desde que descobriu o problema Camila procurou se exercitar e garante não sentir mais dores nas costas. “Eu faço abdominais, leg press, agachamento, mesa flexora, cadeira abdutora e adutora. Graças a esses exercícios eu percebi uma grande diferença no meu cotidiano e não consigo mais viver sem malhar”, conta a estudante.
Quem cuida dos treinos da adolescente é o professor de musculação Welbert Lucas, da Bodytech Asa Norte. Ele ressalta que as pessoas com escoliose precisam manter a musculatura da região central do corpo sempre fortalecida. Modalidades como pilates e a musculação podem ser recomendadas, auxiliando na melhora da postura e estabilização da coluna.
Mas é preciso ter cuidado com alguns exercícios, que podem gerar sobrecarga e gerar outros problemas, como uma hérnia de disco.