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Artigo: Microfisioterapia ajuda na reabilitação de crianças com sequelas de paralisia cerebral

A paralisia cerebral é um distúrbio neurológico que afeta principalmente o movimento e a postura além de outras funções do corpo que resulta nas limitações das atividades

A paralisia cerebral é um distúrbio neurológico que afeta principalmente o movimento e a postura além de outras funções do corpo que resulta nas limitações das atividades. Além disso, são atribuídos ao problema desordens motoras de caráter não progressivo, podendo ocorrer nos períodos pré, peri ou pós-natal, sendo consequência de uma lesão cerebral precoce, causada por ausência de oxigênio, infecção, traumatismo, malformação, entre outras.

Movimentos cotidianos, movimentos primários do desenvolvimento neuropsicomotor ou até mesmo movimentos simples como rolar, sentar, engatinhar e andar são frequentemente acompanhados por distúrbios sensoriais, cognição, comunicação, comportamento e percepção. Afetam também a movimentação e a postura, interferindo no desenvolvimento da musculatura orofacial, proporcionando um desempenho inadequado das funções alimentares como a sucção, a mastigação e a deglutição. Vale lembrar que a respiração e a fala também são afetadas, atingindo também as estruturas da cavidade oral e faringe até a entrada do esôfago.

A microfisioterapia, umas das uma das técnicas manuais usadas na fisioterapia, entra neste contexto para auxiliar na melhora da coordenação e qualidade de vida dessas crianças. Esse método procura por impressões deixadas por falhas no desenvolvimento embrionário por meio de micropalpação dos tecidos biológicos. O tratamento consiste na estimulação desses tecidos com o objetivo de alcançar uma autocorreção, proporcionando o restabelecimento das funções e desequilíbrio.

Foram realizadas pesquisas com cinco crianças, no centro de pesquisa em reabilitação neuropediátrica da cidade de Curitiba, que apresentavam escoamento de saliva para fora da boca, ranger dos dentes, atraso no reflexo da deglutição e dificuldade na mastigação. Cada sessão teve em média 25 minutos.

Após esse processo, foi possível observar uma melhora na contenção do alimento e esses resultados obtidos apontam quem a microfisioterapia pode ser um recurso fisioterapêutico eficaz no tratamento da musculatura oral, possibilitando uma correção mais rápida para os distúrbios de mastigação e de deglutição coordenando as funções do sistema estomatognático dos indivíduos portadores de sequelas de paralisia Cerebral.

As técnicas utilizadas para adequar, aperfeiçoar ou estimular a sensibilidade, mobilidade e tônus da musculatura oral podem ser diretas, que são massagens, exercícios no corpo, exercícios nas estruturas orais utilizando o alimento, ou indiretas feitas sem o alimento. Nos dois casos, podem ser realizadas a estimulação extra e intra orais como a terapia dos pontos motores da face, terapia de regulação orofacial e atualmente bandagens terapêuticas.

Muitos outros experimentos e avaliações tem sido realizado com a microfisioterapia nos casos de colopatia funcional, neurodistrofia, esofagite, acidentes em esporte, e trabalhadores deficientes.

Os resultados deste estudo sugerem que o método pode ser um recurso fisioterapêutico eficaz no tratamento da musculatura oral, possibilitando uma correção mais rápida para os distúrbios de mastigação e de deglutição coordenando as funções do sistema estomatognático dos indivíduos portadores de sequelas da paralisia.

*Artigo escrito por Fabio Akiyama

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