Grandes personalidades do futuro

Convido vocês, queridos leitores, para uma profunda reflexão acerca da formação da personalidade e do poder que a escola tem, não só em contribuir para o desenvolvimento psíquico da criança, como, também, de ampará-la e ajudá-la a compreender as infinitas possibilidades e descobertas de suas habilidades individuais.

A personalidade é o centro da vida de uma pessoa – é nela que estão organizadas as nossas características de pensamento, sentimento, comportamento, julgamento e moralidade. Nossas tomadas de decisões são reflexos da nossa personalidade. Desse modo, e devido às exigências do mundo atual, é imprescindível termos uma educação em que os alunos possam tomar decisões importantes no presente e no futuro, como a escolha de uma profissão. Pois não há uma receita de sucesso quando se trata dessa escolha!

É comum atrelarmos o título de pessoas bem-sucedidas a profissões como a medicina, a engenharia, a economia – no entanto,

quando associamos o sucesso a apenas algumas áreas, descartamos uma infinidade de opções que podem ser tão prestigiadas quanto e excluímos a capacidade singular de cada indivíduo na construção do saber

– seja na medicina, na psicologia, na filosofia, nas artes.

Muito antes da escola servir de palco para a criação de um caminho para o conhecimento, é preciso ajudar os jovens a entender que cada indivíduo é único e capaz de atingir a sua melhor versão, muitas vezes ligada diretamente à sua realização pessoal no que se propõe a fazer.

O psicólogo francês Henri Wallon defende que a infância funciona como um estado provisório e inacabado, ou seja, uma etapa da vida de um ser em desenvolvimento. A escola, como o segundo útero social na estruturação da personalidade, deve atentar-se a todas as fases do amadurecimento da personalidade do aluno, a fim de ajudá-lo a desenvolver suas habilidades.

*Matéria originalmente publicada na edição #256 da revista TOPVIEW.