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Artigo: Eu sou workaholic? Saiba os cuidados a serem tomados

O que significa ser um workaholic (viciado em trabalho) e quais os riscos envolvidos com esse problema? Celso Bazzola, diretor executivo da Bazz Consultoria, listou as principais dúvidas relacionadas ao tema, veja!

Em reuniões de negócios, é comum ver executivos disputando para saber quem está trabalhando mais, considerando que esse é um motivo de orgulho. Contudo, o que não se percebe nessas situações é que pode se estar caracterizando uma disfunção, que é o fato de ser um “viciado em trabalho” ou workaholic.

Mas, no que consiste ser um workaholic e quais os riscos envolvidos com esse problema? Celso Bazzola, diretor executivo da Bazz Consultoria, respondeu as principais dúvidas relacionadas ao tema, confira!

1. Características do workaholic

Características de pessoas com esse problemas são fáceis de perceber: elas constantemente trabalham mais de 12 horas por dia no escritório e ainda levam serviço para casa. São elas também que constantemente recebem críticas por, no fim de semana, ficar sempre de olho no celular e checar as mensagens a cada hora para ver se existe alguma pendência no trabalho.

2. Eu sou?

Segundo o especialista em recursos humanos Celso Bazzola, diretor executivo da Bazz Consultoria, é mais fácil identificar uma pessoa com esse problema do que tratar. “Hoje são frequentes os casos de workaholics e isso se percebe a partir do momento que a pessoa não consegue se desligar do trabalho, deixando de lado sua convivência social, seja com familiares ou amigos. Assim, ela se torna um trabalhador viciado e compulsivo, e, mesmo fora de seu ambiente de trabalho, cria um novo ambiente recheado de temas sobre seus negócios. Não há situação que o faça se desligar do trabalho”.

Sintomas desse distúrbio de comportamento são uma autoestima exagerada, insônia, mau-humor, impotência sexual, atitudes agressivas em situações de pressão e, muitas vezes, depressão.

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3. Problemas relacionados

Para Bazzola, a situação pode ser bastante problemática e pode trazer sérios prejuízos para o profissional e, até mesmo, a empresa. “Acredito que, para empresa, a situação traz mais desvantagens do que vantagens. Inicialmente pode ser interessante, pois a velocidade dos resultados é satisfatória, porém há um desgaste emocional natural do profissional, pois ele estará isolado e restrito ao tema trabalho, bloqueando sua sociabilização, o que poderá resultar em sérios transtornos futuros para sua vida”.

A situação pode ser tão grave que estudos recentes de casos clínicos em consultórios psicológicos e psiquiátricos apontam que o vício de trabalho é similar à adição ao álcool ou cocaína.

4. É preciso saber viver

Segundo Celso Bazzola, “não há pecados em trabalhar esporadicamente além de sua carga diária, desde que essa ação seja meramente por necessidade de urgência e de impacto específico. Isso, para o mercado de trabalho, acaba sendo um diferencial, mas o profissional e as áreas de Recursos Humanos devem identificar quando não há exageros em uma rotina normal de trabalho. A partir do momento que a carga horária começa a ser extrapolada constantemente, é momento de refletir. O trabalho será saudável enquanto não aprisiona a pessoa na necessidade constante de falar e estar agindo pelo trabalho”.

O caminho para combater esse problema é assegurar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, buscar valorizar mais os momentos de lazer e perceber que o descanso é fundamental para melhoria de resultados e busca de novas ideias que podem potencializar os resultados no trabalho.

5. Workaholic x Worklover

É importante sabermos diferenciar o amor ao trabalho do vício. Um worklover tem noção de que o excesso se refletirá em conflitos nos relacionamentos pessoais, além de proporcionar efeitos nocivos à saúde e ao bem-estar. Existem profissionais que buscam entregar resultados e isso é positivo. É importante ter em mente que o fato de ser um workaholic não significa que o profissional seja mais produtivo. Muitas vezes, vemos pessoas que não conseguem ter organização no seu dia a dia e acabam trabalhando mais tempo para entregar o mesmo resultado.

É importante lembrar que a vida é muito mais do que só trabalhar e que uma mente que não descansa não é totalmente sã. Assim, não adianta trabalhar demais, isso possivelmente ocasionará erros e retrabalhos. Portanto, tem que parar de trabalhar até para poder trabalhar bem. É uma questão de lógica.

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