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O antídoto contra o coronavírus

As doações para minimizar os impactos da doença no Brasil já passaram dos R$ 3 bilhões

Enquanto o processo de desenvolvimento da vacina contra o coronavírus ainda não apresenta um resultado de sucesso, um antídoto vem, aos poucos, contribuindo e fortalecendo o eixo mais vulnerável à pandemia: a solidariedade. Do substantivo feminino, solidariedade é um ato de compreensão e bondade com o próximo, algo que há muito tempo não se evidenciava tanto quanto hoje em tempos de guerra biológica ao redor de todo o planeta.

No Brasil, segundo os cálculos da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), as doações que auxiliam o sistema de saúde e a população mais vulnerável ao enfrentamento do vírus ultrapassaram três bilhões de reais – dados atualizados diariamente pela instituição. Desde o início do isolamento social no país, muitas pessoas têm se mobilizado para ajudar as vítimas e indivíduos do grupo de risco, até mesmo aqueles que precisam de apoio psicológico diante desse novo momento.

“Estamos falando desde grandes doadores, como empresas e ONGs, com milhões de reais, a famílias, grupos, indivíduos que doam 30, 40 reais (…)”

São diversas ações voluntárias que vão desde a ida ao mercado até a doação de máscaras, luvas, álcool em gel, grupos de suporte à saúde mental, doação de alimentos nos hospitais, arrecadação para manter o comércio em funcionamento, lives do bem, entre outras atitudes que estão fazendo a diferença para que o número de casos não aumente ainda mais. De acordo com João Paulo Vergueiro, diretor executivo da ABCR, em comunicado no site da instituição, essa mobilização é inédita e considerada o maior movimento de doações orientadas para uma só causa da história do Brasil. “Estamos falando desde grandes doadores, como empresas e ONGS, com milhões de reais, a famílias, grupos, indivíduos que doam 30, 40 reais e que estão possibilitando que esses recursos sejam encaminhados à ações de saúde, de alimentação e de causas que também estão sendo impactadas pela pandemia, como geração de emprego, trabalho ou renda”, destaca Vergueiro no comunicado.

A solidariedade compreende as ações de ajuda ao próximo e, nesse caso, ficar em casa também acaba se tornando um gesto do bem. Afinal, atender às recomendações da OMS sobre o isolamento social é cuidar de si mesmo e ainda proteger as pessoas que estão nas ruas que, imprescindivelmente, precisam trabalhar de forma presencial. Dos pequenos aos grandes atos, temos esperança de que o cuidado com o próximo vai ajudar no combate dessa pande-mia e de todos os outros obstáculos que, juntos, vamos enfrentar nos próximos momentos.

*Coluna originalmente publicada na edição #236 da revista TOPVIEW.

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