SELF COMPORTAMENTO

“Os olhos são o espelho da alma”. As crianças, o espelho do amor!

Se o amor chega naturalmente ao coração humano, é na infância que está a nossa fonte de amar

De todas as cenas com as quais me deparo no dia a dia, nenhuma substitui o olhar de uma criança. Em especial, daquela criança feliz, radiante, com olhos iluminados. Em outras palavras, uma criança amada, uma criança que reflete amor.

Desde sempre e para sempre, o amor será importante em nossas vidas. Mas, na infância, ele é vital. O amor familiar, principalmente o materno, pode se materializar de diversas formas, intensidades e estilos. Martin Seligman, pai da psicologia positiva, afirma que o amor materno e paterno é aquele que traz um sentimento de segurança, uma fonte inesgotável de afeição, proteção e cuidado. Porém, o amor não está restrito somente ao vínculo familiar, ele pode se manifestar de outras maneiras, pois não existe uma forma definida para o amor, um certo ou errado. Existe amor e ponto. Isso é o mais importante.

E, entre as diversas formas de amor, nas crianças, podemos enxergar uma das mais puras, o próprio espelho do amor, porque nelas reflete a bondade, a ausência do egoísmo, o bem comum, a positividade. E, mesmo que haja um sentimento oposto, devemos sempre ensinar a amar. Como afirma Nelson Mandela: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da sua pele, ou por sua origem, ou por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.”

Nunca devemos deixar nossa criança interior de lado. Mesmo que na vida adulta nos tornemos mais individualistas, muitas vezes buscando os próprios interesses, devemos sempre manter um espaço para as linguagens do amor, as quais as crianças dominam tão bem. Sabemos que amar também tem as suas dificuldades. Sendo assim, temos que nos despir do que a gente vê para conseguir enxergar além. É ser como uma criança, com menos julgamento, culpa ou outros sentimentos inerentes ao ser humano.

É ser quem somos.

Da nossa forma.

No nosso tempo.

Mas que certamente se destaca, ilumina e faz brilhar, refletindo no outro o que há de melhor em nós!

*Matéria originalmente publicada na edição #262 da revista TOPVIEW.

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