SELF

A coragem de ser você mesma!

Habitar nossa própria pele é para já e é fundamental

Se você é inteligente, é uma ameaça.
Se é bem-sucedida, é questão de sorte e não de competência.
Se é gordinha, é uma baleia.
Se é magra, é anoréxica.
Se é linda, é burra.
Se for taxada de feia, é sobra.
Se quiser casar, é desesperada.
Se não quiser casar, é predadora.
Se quiser ter filhos, é descomprometida com a carreira.
Se não quiser ter filhos, é egoísta.
Se gosta de sexo, é vagabunda.
Se não tiver descoberto o prazer, é geladeira.
Se tiver opinião, é mandona.
Se for tímida, é insossa.
Se tiver ambição, é interesseira.
Se quiser adotar uma vida simples, é alienada.
Se gosta de cuidar da casa e da família, é mulherzinha.
Se não gosta das atividades do lar, é uma porca.
Se for religiosa, é beata.
Se for questionadora, é bruxa.
Se rir alto, é escandalosa.
Se não rir, é mal-humorada.
Se for solteira, é encalhada.
Se for casada, é certinha.
Se for separada ou viúva, é concorrente.
Se for alegre, é fingida.
Se for discreta, é antipática.

Só para lembrar…

Não somos produtos.
Não somos embalagens.
Não somos objetos.
Não somos rótulos.
Somos mulheres.
Aproprie-se do bem-estar de habitar a própria pele.
Nenhuma conquista é maior do que essa.

Repense os julgamentos que você recebe.
Repense os julgamentos que você faz.
Todos eles, de uma forma ou de outra, respingam em todas nós.

Você não nasceu para usar roupa emprestada.
Nasceu para se vestir de si mesma!

*Coluna originalmente publicada na edição #244 da revista TOPVIEW.

Deixe um comentário