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Back to school: 7 dicas para ajudar na adaptação das crianças (e dos pais) aos primeiros dias de aula

Fevereiro marca uma nova etapa na vida de milhões de famílias pelo país: é chegada a hora da retomada dos estudos. Segundo o Censo Escolar de 2021, o mais recente divulgado no Brasil, são cerca de 46 milhões de matrículas, distribuídas entre escolas privadas e instituições públicas federais, estaduais e municipais. Para muitas dessas crianças, trata-se do primeiro passo de uma linda jornada, seja no início da Educação Infantil ou do Ensino Fundamental 1. Na semana letiva inicial, a ansiedade e a preocupação, tanto dos pais quanto dos filhos, são sentimentos naturais. Por isso, a preparação precisa acontecer antes e durante o início das aulas.

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(Foto: Patricia Amâncio)

Conforme explica a pedagoga e diretora da Escola Pedro Apóstolo, Carolina Paschoal, os pais precisam estar preparados para diferentes tipos de reações, desde adaptações longas, choros repentinos ou mesmo a necessidade de passar algumas horas na escola com o filho. “Trata-se de uma mudança de rotina e de ambiente, para toda a família. Em geral, os pais precisam compreender que estão amparados por profissionais qualificados para lidar com a situação e transmitir o sentimento de confiança para os novos alunos”, explica.

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7 dicas para ajudar na adaptação das crianças (e dos pais) aos primeiros dias de aula

1 – Tenha conversas com a criança 

Ainda em casa, o papel dos pais começa pelo diálogo com os filhos. Eles precisam compreender essa nova etapa na vida, que vão passar por um novo local que será frequentado durante o dia. “Os adultos podem abordar com as crianças o que eles vão encontrar na escola e prepará-los para as alegrias e as possíveis frustrações, as atividades com os novos colegas e o contato com os professores. Os pais e responsáveis precisam passar essa confiança aos filhos de que o lugar fará parte de seu dia a dia”, diz. 

2 – Passe algumas horas na escola 

Nos primeiros dias de aula, a presença de algum familiar com a criança se faz, muitas vezes, necessária para o processo de adaptação. Com alguém conhecido por perto, o pequeno estudante se sentirá mais seguro no novo ambiente. “O tempo para ficar na escola na companhia da criança depende da rotina e do planejamento pedagógico da escola. No entanto, é importante priorizar esses dias e a atenção às crianças permanecendo disponíveis. Caso os pais ou responsáveis não tenham possibilidade de estar no ambiente escolar, a presença de um parente próximo à criança também é válida”, explica a pedagoga. 

3 – Despeça-se da criança 

Na hora de o adulto ir para casa ou para o trabalho e deixar a criança na escola, é necessário conversar e explicar o motivo de estar de saída. O contrário disso gera insegurança para o estudante. “Na despedida, o pai, mãe ou responsável deve reforçar o motivo de a criança estar naquele ambiente e dizer que voltará para buscá-la. Ela é capaz de, pouco a pouco, de entender essa questão e perceber que está num ambiente que a acolhe. É fundamental que os adultos compreendam seu papel nesse processo”, afirma Carolina. 

4 – Respeite o período de cada um 

A adaptação de uma criança não tem um tempo determinado. Isso pode inclusive recomeçar após um período longo de feriado, como é o caso do carnaval. Por isso, a parcimônia é fundamental. “A personalidade de cada criança precisa ser considerada e os pais ou responsáveis devem estar disponíveis e preparados para estas situações. Não se pode ter como régua a situação passada por outro filho ou amigo que tenha, de certa forma, se adaptado mais rapidamente”, acrescenta a pedagoga. 

5 – Acolhimento e segurança na relação escola-família 

A adaptação ao ambiente escolar não é somente do aluno, mas da família. Por isso é fundamental que o diálogo com a escola aconteça da forma mais franca possível, para evitar desconfortos neste momento em que todos estão se conhecendo. Ao conversar com a criança sobre a escola, os pais ou responsáveis devem evitar se mostrar tristes ou culpados por deixar o novo aluno na escola. A criança não pode sentir que o adulto está desconfortável com a situação, porque isso interferirá em sua adaptação. “Este momento faz parte do desenvolvimento de uma nova etapa da vida de uma pessoa. A escola é um ambiente completamente diferente da casa, mas precisa ser tão acolhedor quanto. É importante que a equipe pedagógica tenha sensibilidade ao iniciar este vínculo, pois o respeito à história de cada família é a chave precursora para estabelecer uma relação de reciprocidade e confiança ao longo do ano letivo”, diz. 

6 – Promova interações fora da escola 

Nos primeiros dias de aula, uma dica importante é que os pais também tenham contato uns com os outros e possam organizar visitas aos novos amigos dos filhos. Essa interação possibilita que as crianças compreendam ainda mais que podem encontrar mais segurança no ambiente escolar e que os colegas de classe de fato passaram a fazer parte de sua rotina. No entanto, é importante ressaltar que questões ligadas à vida escolar do aluno necessitam ser resolvidas com os profissionais da escola e não em redes sociais e grupos de conversas. “As amizades de sala de aula transcendem o ambiente escolar. Isso, certamente, vai continuar para o decorrer do ano letivo e, estimulada pelos pais, podem ser cada vez mais frutíferas para o desenvolvimento da criança e sua adaptação”, explica Carolina.

 7 – Leve um objeto de estimação 

Toda criança tem um objeto de apego e carinho, que pode ser uma pelúcia, um brinquedo ou até mesmo uma foto. Em caso de a criança estar insegura ou ser o primeiro dia de sua vida escolar, deixe-a levar esse objeto consigo, seja na mochila ou nas mãos. Ao chegar na sala de aula, os pais podem apresentar a criança e o objeto escolhido à professora. Ela com certeza conduzirá a criança num diálogo de afeto e estabelecerá uma troca sobre algo que ela tem intimidade. “Quando nos importamos com algo que a criança tem ou fez, dizemos a ela, nas entrelinhas, que estamos curiosos a respeito da sua vida e que ela tem muito a nos ensinar. Começar por algo que gosta ou sinta confiança é sem dúvida uma boa maneira de fazê-la sentir-se pertencente e o que será determinante neste processo de vincular-se”, conclui a diretora. 

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