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Com o uso de álcool em gel, hidratação nas mãos fica ainda mais importante nesta quarentena

Vermelhidão, descamação e coceira após usar álcool em gel são alguns dos sintomas que necessitam de atenção médica

Não existe vacina ainda, nem segredo: a melhor forma de combater a proliferação da COVID-19, o novo coronavírus, é com o distanciamento social, uso de máscara e a assepsia correta. E o que isso quer dizer? O álcool gel se tornou uma espécie de referência em higienização, desde o início da pandemia, o que levou à falta do produto.

“O álcool gel é a solução prática do dia a dia, que podemos carregar em pequenos frascos e aplicar quando estamos na rua ou em ambientes públicos. Porém, ele apresenta algumas consequências para a pele”, afirma Gerson Dellatorre, Dermatologista do Hospital INC.

“Sempre que tivermos à disposição, devemos utilizar água e sabão. A lavagem ideal das mãos dura cerca de 20 segundos, com cuidados de esfregar a palma, dorso e embaixo das unhas. O coronavírus tem uma espécie de cobertura composta por lipídio, que na prática é gordura. Assim, o sabão pode matar o vírus ao entrar em contato.

Para quem precisa utilizar o álcool gel frequentemente, uma dica importante é manter as mãos hidratadas após cada aplicação, uma vez que ele pode deixar a pele seca e irritada quando utilizado excessivamente. Casos mais severos de reação levam à formação de rachaduras nas mãos.

“Os principais sintomas de uma dermatite podem variar, desde coceira na região para, até mesmo, uma sensação de dor e queimação”, alerta o especialista. “É um problema que torna a pele seca, vermelha e áspera, reduzindo a proteção natural do organismo e tornando-a suscetível a alergias”.

O organismo possui uma proteção para a pele, o manto hidrolipídico. Quando o álcool gel é muito usado, ele acaba por desidratar a pele e, consequentemente, anular esse manto. Assim, o que era para ajudar acaba sendo um problema. “Em casos no qual o incomodo é persistente recomenda-se buscar ajuda de um médico especialista”, recomenda Dellatorre.

Procedência garantida: como saber?

Com a disseminação de marcas de álcool gel em prateleiras e até nas mãos de ambulantes, por exemplo, muitas pessoas têm dúvida sobre a procedência do produto. Segundo o médico, o caminho mais seguro passa pelo básico. “Ver se existe um CNPJ por trás da fabricação do produto, assim como registro na Anvisa, é fundamental. Isso já demonstra que sua produção atende ao que é pré-estabelecido pelos órgãos oficiais, bem como buscar comprar o germicida em algum lugar como supermercados e farmácias”, ensina.

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