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Calma, é possível manter o equilíbrio!

A pandemia mudou nossas rotinas, mas com algumas adaptações é possível contornar os problemas

A pandemia do novo coronavírus nos colocou diante de situações que jamais imaginamos: casais jovens tendo de dispensar babás e dividir a rotina do trabalho com as trocas de fraldas, sem ajuda. Pais ficando separados dos filhos devido à complexidade do ofício, como os profissionais de saúde. E, quase todos adaptados ao home office. De acordo com a Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações, houve um aumento de 70% no uso do serviço de banda larga fixa entre a primeira e a segunda quinzena de março deste ano. O que é inevitável, afinal, mais pessoas estão em casa e dependendo destes serviços para se manter na ativa. 

Vivendo na pele a situação, a médica Joana Iarocrinski, que atua na área de medicina preventiva, acredita que ​o maior desafio para se manter saudável nesse momento é mais psicológico do que físico​. “São outros hábitos que nos estão sendo impostos pelo isolamento. Como o trabalho em ​home office, que exige muita disciplina, já que as pessoas que não estão acostumadas a isso. De repente, as pessoas se veem dentro de casa, enfrentando uma rotina diferente, com filhos e tarefas do lar exigindo atenção ao redor, o que gera confusão em relação às rotinas do trabalho”, explica. 

Para os pais que podem ficar perto dos filhos, mas seguindo as recomendações de isolamento social, uma preocupação é com as formas de entretê-los, principalmente em espaços pequenos de apartamentos. Além das brincadeiras, também é preciso estar atento à saúde mental deles, que repentinamente foram tirados da escola, do convívio com os amigos e das brincadeiras tão comuns à idade. “Podemos achar que elas não sofrem e não percebem o que está acontecendo, mas temos que nos colocar no lugar delas. As crianças são muito espertas, aprendem rápido e sentem as mudanças”, argumenta a médica. Neste momento, é possível que os pequenos desenvolvam processos de ansiedade, inquietude, tristeza e, até mesmo, sofrimento, por isso é tão importante observar de perto seu comportamento. 

“Uma analogia que pode ser feita com a situação vivida pelas crianças é a perspectiva de como os idosos lidam com as restrições impostas pela pandemia. Além de verificar históricos de saúde e comorbidades, uma grande preocupação é com possíveis quadros de depressão, tão comuns nessa faixa etária”, enfatiza Joana.  “Pessoas mais velhas tendem a ser mais arraigadas a uma rotina e quando isso é tirado delas pode causar uma grande confusão psicológica”, completa, frisando que, por isso, é muito importante observar os sinais passados pelos idosos. 

Outra preocupação que atinge todas as faixas etárias é a alteração física e metabólica decorrente das restrições trazidas pelo isolamento social. Para a médica, tudo está interligado em nosso corpo e mente e, quando a cabeça não está bem, o restante do corpo também não funciona. “Essa situação gera ansiedade e, a partir disso, a pessoa pode acabar comendo mais do que o necessário, ocasionando um aumento de peso, insatisfação, tristeza. É um ciclo vicioso”, finaliza Joana. Por isso, a orientação principal é: fique bem, cuide de seu corpo com o mesmo cuidado que dedica à sua mente. Leia, brinque com as crianças, procure cursos online, mantenha a calma e tenha paciência. Tudo vai voltar ao normal.

 

 

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