PODER

Um dos desafios do real state

O setor de construção civil possui uma alta demanda de contratações e, ao mesmo tempo, sente a falta de mão de obra qualificada

Não é de hoje que sabemos que o segmento da construção civil movimenta o mercado. Estima-se que cerca de 40% da riqueza do mundo esteja concentrada no segmento de real estate, que contempla todo o mercado imobiliário.

Como em outros setores do mercado, sofremos com a falta de mão de obra qualificada para suportar a demanda pelo crescimento, o que representa milhares de vagas – desde o servente, o carpinteiro e o engenheiro até diretores e altos executivos. Há vagas de trabalho e faltam talentos qualificados para preencher e encarar os desafios que o Brasil tem pela frente nesse ramo.

No mercado estadual, temos dados que nos sinalizam que serão lançados alguns bilhões em Valor Geral de Venda (VGV) em empreendimentos para todos os públicos. Para se ter ideia, segundo dados da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (ADEMI-PR), somente no litoral paranaense, estão sendo emitidos cerca de 30 alvarás por dia, o que sinaliza que as demandas não se concentram somente nos grandes polos, mas também em cidades litorâneas, por exemplo, que devem receber uma injeção de capital nesse segmento.

Em Curitiba, ainda segundo a entidade especializada, atualmente, temos 352 empreendimentos à venda e mais de 180 incorporadoras diferentes em atividade. Isso nos sinaliza a disputa pelos melhores talentos, que têm vindo de regiões como sudeste, centro-oeste e nordeste do país para suprir a carência da mão de obra qualificada diante de tanta oferta de vagas.

Para quem não é do setor, a pergunta que pode surgir é: “ainda existe demanda para tantos lançamentos/empreendimentos imobiliários?” Conforme dados gerais de habitação, o déficit habitacional é de 10 a 12 milhões por ano, o que faz desse segmento um ciclo sem fim. A cada unidade habitacional vendida, três empregos diretos e indiretos são criados.

Em um mercado de tantas oportunidades e riquezas, os mais hábeis na contratação e na retenção de talentos serão os que terão os melhores ativos.

*Matéria originalmente publicada na edição #268 da revista TOPVIEW.

Deixe um comentário