Startup de ensino a distância cresce mais de 300% durante a pandemia e chega a 1 mi de alunos
Um estudo da PwC mostra que a economia compartilhada deverá movimentar mundialmente US$ 335 bilhões em 2025 – o número é 20 vezes maior do que o obtido em 2014, quando o segmento foi responsável por US$ 15 bilhões. Parte desse valor estará nas grandes empresas de economia colaborativa, como o Airbnb e a 99, mas também em novos negócios, caso da curitibana Kultivi, uma plataforma de ensino gratuita, que conta com mais de 80 cursos em diferentes áreas, como idiomas, empreendedorismo, medicina e voltados ao Enem e à OAB – ao todo, soma mais de 4.500 mil aulas distintas.
LEIA TAMBÉM: Sete motivos para aprender inglês durante a pandemia
Impulsionada pelo isolamento social no Brasil, que fez com que as pessoas passassem mais tempo em casa nos últimos meses e buscassem formas para potencializar os estudos ou, até mesmo, aprender novos conteúdos, a Kultivi registrou um crescimento de mais de 300% desde a chegada do novo coronavírus ao Brasil. Desde o último mês de março, a plataforma recebeu mais de 680 mil novas inscrições, ultrapassando a marca de 1 milhão de alunos.
“Desde que as autoridades de saúde passaram a recomendar o isolamento social, os recursos tecnológicos tomaram o protagonismo em diversas atividades do cotidiano e um número cada vez maior de pessoas tem recorrido a conteúdos de capacitação online para aproveitar o tempo e adquirir novas habilidades e conhecimentos”, afirma Cláudio Matos, um dos responsáveis pelo sucesso da startup Kultivi ao lado dos empresários Ricardo Pydd, Emir Conceição e Carlos Siaudzionis. “Chegamos a registrar o número de 18 mil novos cadastros no site em um único dia”, complementa Matos.
Durante o período, alguns conteúdos têm se destacado na preferência dos usuários, e sido apontados como uma projeção também para a fase pós-pandemia. “Temos notado uma busca muito grande por cursos de idiomas, especialmente o inglês”, acrescenta o profissional. Grande destaque da plataforma, o curso de inglês conta atualmente com 368 mil alunos e oferece 248 aulas, além de materiais especiais de apoio. “Um curso de inglês como o nosso, se vendido, não sairia por menos de R$ 10 mil. Na Kultivi, oferecemos a democratização deste tipo de ensino, estamos muito felizes em registrar aumentos tão significativos no número de estudantes em nossa plataforma e acreditamos que esse pico impulsionado pela quarentena vai refletir como tendência para o futuro da modalidade em todo o mundo”, comenta Matos.
Conteúdo integralmente gratuito
Todas as aulas disponíveis na plataforma da Kultivi são desenvolvidas por especialistas renomados em cada segmento e integralmente gratuitas para o usuário. Mas como é possível gerar conteúdo sem custo para os estudantes? A lógica de funcionamento é simples. A plataforma é mantida pela venda de espaços publicitários para marcas parceiras que acreditam no projeto, além da captação de recursos na iniciativa privada. “São empresas que querem desenvolver educação de qualidade no Brasil e atrelar sua marca a esse projeto”, explica o sócio da Kultivi.
Outra forma de manutenção do projeto está no apoio prestado por Pessoas Físicas e Jurídicas. Por meio da iniciativa chamada de “Apoia.se”, é possível que qualquer um contribua com o projeto. “Mais da metade dos recursos doados (56%) é destinada aos profissionais, que são remunerados de acordo com o valor de mercado”, detalha Matos. Entre os professores, encontram-se profissionais com muita experiência no mercado e com experiência em instituições de ensino públicas e privadas, com titulações elevadas, como mestres e doutores, assim como jovens educadores com uma didática mais dinâmica, especialmente para os cursos preparatórios para os exames.