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GALERIA: lançamento de livro celebra 140 anos do Clube Curitibano

Como parte das comemorações dos seus 140 anos, o Clube Curitibano realizou um evento que reuniu cerca de 150 pessoas, entre ex-presidentes, convidados especiais e associados, incluindo muitos dos mais de mil arquitetos e engenheiros que portam a carteirinha do clube. O encontro realizado na sede Barão do Serro Azul, na noite de quinta-feira (13), teve como ponto alto o lançamento do livro que resgata a história da arquitetura “brutalista” de duas das principais edificações do Clube Curitibano.

O presidente Joaquim Miró ressaltou o sentimento de apresentar a obra nos últimos dias da sua gestão. “É um orgulho assistir o lançamento desse livro. Os livros são as lâmpadas que nunca se apagam. E a história tira mundos da nebulosidade espessa do passado. Estamos retratando tudo isso nesta obra espetacular. Este livro une a arquitetura com a paixão que os associados têm pelo clube. Foi maravilhoso presidir este extraordinário clube nestes últimos três anos”, disse.

“A proposta do livro surgiu da necessidade de valorizar essa parte significativa da nossa história. Muitos associados não têm ideia da relevância dessas obras”, explica o Diretor de Cultura do Clube Curitibano,  Rafael Cini Perry, idealizador do projeto. “Estabelecido que faríamos o livro, iniciamos um amplo trabalho de pesquisa. Foram analisados mais de 40 anos de atas de reuniões e revistas do Clube. Os pesquisadores também fizeram entrevistas com os arquitetos e as famílias e coletaram informações com associados”.

A obra sobre os prédios de um dos clubes sociais mais tradicionais da capital paranaense aborda um capítulo importante da chamada arquitetura brutalista, vertente do movimento modernista brasileiro, que ganhou fôlego nas pranchetas a partir de São Paulo, nos anos 1960. Foi com o objetivo de resgatar e valorizar a história destas duas construções icônicas, construídas na unidade do bairro Água Verde, que o Departamento de Cultura do Clube convidou o arquiteto Fábio Domingos Batista e a historiadora Deborah Agulham Carvalho para escreverem o livro “Modernidade concreta:  a ousadia que mudou a história do Clube Curitibano”. 

A obra foi publicada pela Editora Grifo e lançada oficialmente no teatro da Sede Barão do Serro Azul, justamente em uma das construções analisadas no livro. O encontro começou com uma palestra da arquiteta paraguaia Glória Cabral, que reúne premiações internacionais por obras em Assunção (Paraguai), Veneza (Itália), Cidade do México (México) e Paris (França), traduzindo os princípios do modernismo para os dias de hoje. Suas obras são marcadas pela reciclagem de materiais como tijolos e marcenaria, que se recombinam em construções orgânicas, econômicas e de rara beleza estética.

Em seguida, o jornalista Luan Galani conduziu um bate-papo com os autores do livro. Essa dinâmica teve também a participação do diretor Rafael Perry e de vários associados que estavam na plateia, incluindo arquitetos e urbanistas presentes. Após a abertura da exposição com imagens dos prédios do Clube Curitibano construídos pelo escritório Forte Gandolfi, como exemplares da vertente  brutalista  da arquitetura modernista em Curitiba, um coquetel animado por um duo de jazz encerrou a noite.

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