Um robô vai acabar com a sua empresa ou destruir a sua profissão?
Escolhi responder a estas perguntas em minha coluna de estreia porque considero a robotização do trabalho, trazida pelos recentes avanços da inteligência artificial, um tema muito interessante. Muito se fala que os trabalhos que existem hoje deixarão de existir, que negócios inteiros serão destruídos e que pessoas perderão suas rendas de forma instantânea por conta da robotização.
Estudo muito sobre o tema e não acredito nesse apocalipse profissional. Na verdade, acredito justamente no contrário. A School of Life de Londres – uma organização dedicada ao desenvolvimento da inteligência emocional – afirma que estamos vendo a chegada da “Primavera do Capitalismo”, em que os trabalhos serão melhores, ou seja, menos braçais e mais inteligentes. Isso exige um investimento muito grande das empresas, governos e profissionais em educação e treinamento. Não só em conteúdo, mas na forma em que esse conteúdo deve ser ensinado.
E os dados do mercado de trabalho endossam essa afirmação. Em recente estudo do MIT Innovation divulgado nos EUA, foi provado que, entre 1998 e 2015, o crescimento do salário em funções menos braçais e mais cognitivas aumentou em 17%, enquanto nas vagas operacionais foi de apenas 9%. O mesmo movimento pode ser visto na oferta de quantidade de postos de trabalho: as operacionais caíram de 12 milhões para 8 milhões; já as cognitivas pularam de 13 milhões para 21 milhões.
Em resumo: o trabalho intelectual está cada vez mais valorizado e, sim, podemos dizer que apesar de todas mudanças que vão acontecer, novas formas de trabalho e de negócios surgirão em maior quantidade do que terminarão. Na próxima coluna vamos explorar essas novas profissões que ainda nem tem nome, mas já possuem vagas abertas nas empresas de hoje.
Sobre o colunista
Diego Godoy é headhunter desde 2009, com passagens por empresas de serviço como PwC, Michael Page e Walt Disney Company. Formado em Administração de empresas pela PUCPR e com especialização em excelência de serviço pela Disney University. Fundou em 2018 a RecrutamentoFacil.com, empresa de recrutamento e seleção com foco em empresas de controle acionário familiar e startups. Atua ainda no projeto social Você Tech Aprender, que treina pessoas desempregadas nas profissões da nova economia.
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